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Com aumento de casos de Covid, máscaras voltam a ser indicadas

O uso das máscaras confere maior proteção individual e coletiva no momento em que há maior circulação das subvariantes da Ômicron no país

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1 de 1 mascara - Foto: Gov-SC/Divulgação

O aumento no número de casos diários de Covid-19 voltou a preocupar a população brasileira. Após um longo período de flexibilização das medidas de segurança contra o coronavírus, muitos se perguntam se é o momento de voltar a usar máscara.

O Ministério da Saúde e entidades como Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI), a Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco) avaliam que sim.

A Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde recomendou, no último sábado (12/11), que os estados e municípios retomem o uso de máscaras de proteção facial. A orientação se destina a todos, com destaque para aqueles que encontram-se em uma situação de maior risco de infecção, como locais fechados, mal ventilados e com aglomeração, e em hospitais.

A recomendação vale principalmente para pessoas com fatores de risco para complicações da Covid-19 (imunossuprimidos, idosos, gestantes e pessoas com múltiplas comorbidades) e indivíduos que tiveram contato com casos confirmados da doença.

A Sociedade Brasileira de Infectologia também defende a volta do uso de máscaras e outras medidas para evitar a transmissão do coronavírus, o aumento de internações, superlotação nos hospitais e mais mortes.

“Pelo menos em quatro estados da federação já se verifica com preocupação uma tendência de curva em aceleração importante de casos novos de infecção pelo Sars-CoV-2 quando comparado com o mês anterior”, diz a nota técnica de alerta da SBI publicada na última sexta-feira (11/11).

A Abrasco mantém a recomendação de uso de máscara em locais fechados e aglomerações. “O aumento de casos reforça a orientação de uso, principalmente em locais públicos, fechados, com pouca circulação de ar”, afirma o vice-presidente da Abrasco, Cláudio Maierovitch, ex-presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e médico sanitarista da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).

Maierovitch explica que as máscaras têm duas finalidades: proteção individual e coletiva. Mas ela só funciona desde que esteja bem ajustada ao rosto, cobrindo o nariz e boca e bem vedada nas laterais. “Quando todos usam, o risco de transmissão diminui muito”, afirma.

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Segundo estudo divulgado em dezembro de 2021 pelo Instituto Max Planck, na Alemanha, a máscara funciona como um escudo contra a Covid e ajuda a conter surtos de outros vírus que podem apresentar potencial epidêmico, como a H3N2
Segundo a revista científica Proceedings of the National Academy of Sciences (PNAS), quando uma pessoa infectada utiliza máscara como a PFF2 e uma pessoa saudável que esteja próxima a ela também utilize uma PFF2, a chance de contágio seria de apenas 0,1%. No entanto, nem todas as máscaras de proteção apresentam a mesma eficácia
Segundo pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP), que avaliaram 227 diferentes máscaras e cujo estudo foi publicado na revista Aerosol Science and Technology, a filtração da PFF2 (também conhecida como N95) impede a passagem de 98% de partículas de 60 a 300 nm. Por isso, a PFF2 é a máscara de proteção mais indicada
Ainda segundo o estudo, que analisou a capacidade dos acessórios de impedir que o vírus seja respirado ou expelido, as máscaras cirúrgicas ficaram em segundo lugar no quesito proteção. Isso porque elas apresentaram 89% de capacidade de filtragem
Um pouco mais resistente do que a máscara cirúrgica, a PFF1 é forrada com um filtro que repele os micro-organismos. Contudo, o custo-benefício do produto pode não ser tão interessante, já que ele é descartável e seu preço não é dos mais baratos
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Apesar da flexibilização das regras para uso de máscaras e da queda de casos de Covid registrados no Brasil, ainda não é hora de abrir mão dos cuidados para conter o vírus, principalmente com tantas variantes em circulação

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Segundo estudo divulgado em dezembro de 2021 pelo Instituto Max Planck, na Alemanha, a máscara funciona como um escudo contra a Covid e ajuda a conter surtos de outros vírus que podem apresentar potencial epidêmico, como a H3N2

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Segundo a revista científica Proceedings of the National Academy of Sciences (PNAS), quando uma pessoa infectada utiliza máscara como a PFF2 e uma pessoa saudável que esteja próxima a ela também utilize uma PFF2, a chance de contágio seria de apenas 0,1%. No entanto, nem todas as máscaras de proteção apresentam a mesma eficácia

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Segundo pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP), que avaliaram 227 diferentes máscaras e cujo estudo foi publicado na revista Aerosol Science and Technology, a filtração da PFF2 (também conhecida como N95) impede a passagem de 98% de partículas de 60 a 300 nm. Por isso, a PFF2 é a máscara de proteção mais indicada

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Ainda segundo o estudo, que analisou a capacidade dos acessórios de impedir que o vírus seja respirado ou expelido, as máscaras cirúrgicas ficaram em segundo lugar no quesito proteção. Isso porque elas apresentaram 89% de capacidade de filtragem

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Um pouco mais resistente do que a máscara cirúrgica, a PFF1 é forrada com um filtro que repele os micro-organismos. Contudo, o custo-benefício do produto pode não ser tão interessante, já que ele é descartável e seu preço não é dos mais baratos

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As famosas máscaras de algodão, no entanto, apresentaram a menor eficácia contra a retenção das partículas, cerca de 20% e 60%. Isso porque o tecido utilizado para a confecção da peça deixa mais espaço entre os fios e diminui a proteção contra o vírus

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Contudo, ainda segundo os pesquisadores, apesar da eficácia que as máscaras apresentam, de nada servirá se não forem utilizadas corretamente. Ajustar a máscara ao rosto, evitando brechas no contato do acessório com nariz, queixo e bochechas e realizar trocas da peça durante o dia é essencial para garantir a proteção contra a Covid e qualquer outro vírus

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Outras medidas

Assim como a máscara, as entidades destacam que a população deve se lembrar de fazer a higienização frequente das mãos com álcool 70% ou água e sabão, respeitar o isolamento de casos suspeitos e confirmados afim de reduzir a transmissão viral, e estar em dia com a vacinação.

A SBI avalia que as coberturas vacinais se encontram em níveis insatisfatórios nos públicos-alvo e recomenda a imunização de todas as crianças de 6 meses a 5 anos de idade, independente da presença de comorbidades.

Maior transmissibilidade

O país registrou 16.089 novos diagnósticos da doença na quarta-feira (16/11). A média móvel de casos nos últimos sete dias foi de 8.722, uma variação de 104% em relação à semana anterior.

O aumento de casos é associado à circulação das subvariantes Ômicron BQ.1 e BA.5.3.1 no país. Na última semana, a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) também identificou uma nova cepa do coronavírus no Amazonas: a BE.9. A cepa é uma evolução da sublinhagem BA.5.3.1, que descende da BA.5 e seria a responsável pelo recente aumento do número de casos de Covid-19 no estado.

Tanto a BQ.1 quanto a BE.9 compartilham algumas das mesmas mutações, a K444T e N460K, na proteína spike. Embora tenham características que conferem maior transmissibilidade, as subvariantes não parecem provocar o aumento do número de casos graves ou da letalidade entre vacinados.

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