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Colesterol: alternativa à estatina reduz mortes por doenças cardíacas

Pesquisa apresentada na reunião anual da Associação Americana de Diabetes mostra benefícios do ácido bempedoico no tratamento do colesterol

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As doenças cardiovasculares associadas ao colesterol alto estão entre as principais causas de mortes no mundo. Pesquisadores da Cleveland Clinic, dos Estados Unidos, afirmam em um novo estudo que o ácido bempedoico – uma alternativa às estatinas – pode ajudar a reduzir significativamente o número dessas mortes.

Os resultados animadores da pesquisa foram apresentadas neste sábado (24/6), na reunião anual da Associação Americana de Diabetes, no mesmo momento em que foram publicados na revista científica JAMA.

As estatinas são consideradas o medicamento padrão-ouro no tratamento do colesterol alto, especialmente o LDL (conhecido como colesterol ruim). No entanto, muitos pacientes abandonam o uso delas devido a efeitos colaterais como dor de cabeça, dores musculares, problemas de sono e problemas digestivos.

Os pesquisadores reconhecem que o ácido bempedóico não é tão eficaz quanto as estatinas mas, quando tomado diariamente, ele pode oferecer bons resultados. A partir do controle do colesterol é possível diminuir significativamente os casos de ataques cardíacos e mortes relacionadas a doenças cardíacas.

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No entanto, o que entendemos normalmente como colesterol é, na verdade, um somatório de diferentes tipos: os famosos HDL e LDL
O LDL, conhecido como colesterol "ruim", quando está em níveis altos, pode formar uma placa nas paredes das artérias, dificultando ou impedindo a passagem do sangue
Quanto mais elevadas as taxas de LDL, maior o risco de doenças cardiovasculares, como infarto e acidente vascular cerebral (AVC)
Apesar de silencioso, alguns sinais podem dar indícios do problema
São eles: xantelasmas e xantomas (pequenas bolinhas de gordura que aparecem na pele), dores na barriga, nos dedos dos pés e das mãos
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O colesterol é um composto gorduroso essencial para produção da estrutura das membranas celulares e de alguns hormônios

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No entanto, o que entendemos normalmente como colesterol é, na verdade, um somatório de diferentes tipos: os famosos HDL e LDL

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O LDL, conhecido como colesterol "ruim", quando está em níveis altos, pode formar uma placa nas paredes das artérias, dificultando ou impedindo a passagem do sangue

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Quanto mais elevadas as taxas de LDL, maior o risco de doenças cardiovasculares, como infarto e acidente vascular cerebral (AVC)

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Apesar de silencioso, alguns sinais podem dar indícios do problema

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São eles: xantelasmas e xantomas (pequenas bolinhas de gordura que aparecem na pele), dores na barriga, nos dedos dos pés e das mãos

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Para controlar o colesterol ruim é importante realizar, por exemplo, exercícios durante 30 minutos por dia, três vezes por semana

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Aumentar a ingestão de fibras solúveis, como farinha e farelos de aveia, que absorvem o excesso de colesterol no intestino e o eliminam do corpo

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Aumentar a ingestão de gorduras saudáveis, que estão presentes no azeite extravirgem e nos alimentos ricos em ômega 3

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E aumentar a ingestão de bebidas como chá-preto e suco de berinjela, que também ajudam no controle do colesterol

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No estudo com 4.206 pacientes, com idade média de 68 anos, sendo dois terços deles diabéticos, o ácido bempedóico foi relacionado à redução de 23,2% no colesterol LDL e de 22,7% na inflamação causada por uma proteína no sangue associada ao risco cardíaco e derrame após seis meses de acompanhamento.

A pesquisa se concentrou em pacientes que nunca haviam sido diagnosticados com doenças cardíacas, mas apresentavam alto risco devido a fatores como colesterol LDL alto, diabetes e hipertensão.

Ao final de três anos, foi registrada a redução de 39% do risco de ataques cardíacos e de morte relacionada a doenças cardíacas entre as pessoas que receberam a medicação, comparado com o grupo placebo. O risco combinado de um paciente morrer, ter um ataque cardíaco ou um derrame foi reduzido em 36%.

“O que vimos realmente me surpreendeu. Espero que isso seja um alerta para pacientes e médicos”, disse o principal autor do estudo, Steven Nissen, diretor acadêmico do Heart, Vascular & Thoracic Institute da Cleveland Clinic.

Segundo Nissen, tratar as pessoas com fatores de risco antes de seu primeiro evento cardiovascular traria grandes benefícios para a prevenção de complicações posteriores, bem como a prevenção de mortes.

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