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Estatinas causam diabetes? Confira 6 mitos e verdades sobre medicação

Médicos esclarecem as dúvidas de pacientes sobre o uso das estatinas para controlar o colesterol alto e evitar problemas cardiovasculares

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Michal Jarmoluk/Pixabay
Imagens de comprimidos rosa e vinho, ilustrativos de estatinas
1 de 1 Imagens de comprimidos rosa e vinho, ilustrativos de estatinas - Foto: Michal Jarmoluk/Pixabay

As estatinas são os medicamentos mais usados para tratar o colesterol alto (dislipidemia). Mas ainda há muitas dúvidas sobre elas, como a possibilidade de os pacientes desenvolverem eventos adversos com o uso.

As estatinas impedem a formação de placas de gordura na corrente sanguínea ou o crescimento delas. Esse efeito reduz consideravelmente o risco do paciente sofrer um infarto ou acidente vascular cerebral (AVC).

“É uma medicação que mudou a história da cardiologia porque ela é capaz de reduzir a mortalidade”, afirma a cardiologista Ana Cláudia Cavalcante Nogueira, médica do Hospital de Base (HBDF).

Assim como toda medicação, o uso pode levar a alguns efeitos colaterais e riscos e benefícios devem ser avaliados. “Os benefícios são infinitamente maiores do que os riscos, por isso nós indicamos as estatinas para os pacientes, mesmo com risco mínimo de uma piora da glicemia”, pondera a médica.

Veja seis mitos e verdades sobre as estatinas

Estatinas evitam doenças cardiovasculares?

Verdade. As estatinas reduzem os níveis de colesterol, principalmente o LDL – conhecida popularmente como colesterol ruim. Com isso, elas podem reduzir o risco de aparecimento de doenças cardiovasculares ou de novos eventos cardiovasculares em quem já teve algum.

Elas inibem o acúmulo de colesterol nas artérias, um processo chamado de aterosclerose, que leva a doenças cardiovasculares graves a longo prazo.

“A indicação é para pacientes que tem risco cardíaco aumentado”, afirma o cardiologista Bruno Bacelar, da clínica Tivolly, de Brasília.

As estatinas podem levar ao desenvolvimento do diabetes?

Depende. Para alguns pacientes com predisposição a se tornarem diabéticos, o uso da medicação pode aumentar os níveis de glicerídeos.

As medicações podem aumentar em 10% a 12% a chance de um indivíduo apresentar diabetes mellitus por conta da resistência à insulina, prejudicando a ação desse hormônio em reduzir os níveis de glicose no sangue.

“É importante ressaltar que o benefício do uso para reduzir risco cardiovascular ainda é maior que o risco do desenvolvimento de diabetes”, afirma Patrícia.

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No entanto, o que entendemos normalmente como colesterol é, na verdade, um somatório de diferentes tipos: os famosos HDL e LDL
O LDL, conhecido como colesterol "ruim", quando está em níveis altos, pode formar uma placa nas paredes das artérias, dificultando ou impedindo a passagem do sangue
Quanto mais elevadas as taxas de LDL, maior o risco de doenças cardiovasculares, como infarto e acidente vascular cerebral (AVC)
Apesar de silencioso, alguns sinais podem dar indícios do problema
São eles: xantelasmas e xantomas (pequenas bolinhas de gordura que aparecem na pele), dores na barriga, nos dedos dos pés e das mãos
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O colesterol é um composto gorduroso essencial para produção da estrutura das membranas celulares e de alguns hormônios

Sebastian Kaulitzki/Science Photo Library/Getty Images
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No entanto, o que entendemos normalmente como colesterol é, na verdade, um somatório de diferentes tipos: os famosos HDL e LDL

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O LDL, conhecido como colesterol "ruim", quando está em níveis altos, pode formar uma placa nas paredes das artérias, dificultando ou impedindo a passagem do sangue

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Quanto mais elevadas as taxas de LDL, maior o risco de doenças cardiovasculares, como infarto e acidente vascular cerebral (AVC)

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Apesar de silencioso, alguns sinais podem dar indícios do problema

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São eles: xantelasmas e xantomas (pequenas bolinhas de gordura que aparecem na pele), dores na barriga, nos dedos dos pés e das mãos

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Para controlar o colesterol ruim é importante realizar, por exemplo, exercícios durante 30 minutos por dia, três vezes por semana

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Aumentar a ingestão de fibras solúveis, como farinha e farelos de aveia, que absorvem o excesso de colesterol no intestino e o eliminam do corpo

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Aumentar a ingestão de gorduras saudáveis, que estão presentes no azeite extravirgem e nos alimentos ricos em ômega 3

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E aumentar a ingestão de bebidas como chá-preto e suco de berinjela, que também ajudam no controle do colesterol

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 Estatina pode causar dor muscular?

Verdade. O principal efeito adverso das estatinas são problemas como dores musculares e, em alguns casos, dormência nas extremidades dos membros.

Cerca de 2% a 10% dos pacientes em uso de estatina podem se queixar de dor muscular; 0,5% podem apresentar miosite – inflamação mos músculos – e 0,1% podem apresentar rabdomiólise, lesões graves nos músculos.

“Quando a medicação está em uso, o médico deve monitorar sintomas no paciente e solicitar exames de transaminases (TGO/TGP) e creatinofosfoquinase (CPK) para avaliar o risco de eventos adversos”, afirma a endocrinologista Patrícia Moreira Gomes, da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia Regional São Paulo (SBEM-SP).

As estatinas fazem mal para os rins?

Mito. De acordo com a endocrinologista, não há estudos que mostrem a piora da função renal associada ao uso do medicamento.

O uso de outros medicamentos pode interferir na ação das estatinas?

Verdade. O uso concomitante de estatinas e outras medicações é frequente e pode contribuir para o aumento do risco de reações adversas. Por isso é importante informar ao médico todos os medicamentos em uso.

Estatinas causam demência?

Mito. De acordo com a endocrinologista, os pacientes que fazem uso de estatinas apresentaram risco significativamente menor de demência vascular, que é ocasionada pela obstrução dos vasos sanguíneos do cérebro por placas de colesterol.

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