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Colesterol “bom” baixo é mais prejudicial para brancos, diz estudo

Pesquisa feita na Universidade de Saúde e Ciência de Oregon mostra que consequência para a saúde do colesterol HDL não é igual para todos

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1 de 1 médico segurando coração de pelúcia - Metrópoles - Foto: Getty Images

Baixos níveis de HDL, conhecido como o colesterol “bom”, são frequentemente associados ao aumento do risco de doenças cardíacas. Porém, um novo estudo feito por pesquisadores da Universidade de Saúde e Ciência de Oregon, nos Estados Unidos, mostra que a gravidade da quantidade do composto na saúde varia de acordo com a etnia do paciente.

Ao avaliar a associação entre a quantidade de colesterol bom com o risco para doença coronariana (CHD) estratificado por etnia, os pesquisadores observaram que os níveis mais baixos só interferem com a saúde de pessoas brancas. O mesmo não foi observado entre os participantes negros.

De acordo com estatísticas feitas pelos cientistas, uma pessoa branca com HDL baixo tem o risco relativo da ocorrência (HR) de doença coronariana de 1,22. Em indivíduos negros, o HR é de 0,94, ou seja, o paciente tem menos chance de sofrer problemas cardíacos pelos níveis baixos de colesterol bom.

Pessoas brancas com níveis de HDL abaixo de 40 miligramas por decilitro também tiveram um risco 22% maior de desenvolver doença cardíaca coronária em comparação com indivíduos com os níveis de HDL mais altos. No entanto, os pesquisadores afirmam que quantidades de HDL acima de 60 mg/dL não foram associadas a menores riscos de doença cardíaca coronária em nenhuma das etnias analisadas.

Os cientistas analisaram dados de aproximadamente 24 mil adultos americanos coletados ao longo de dez anos. Os participantes tinham perfis semelhantes de idade, níveis de colesterol e fatores de risco para doenças cardíacas, e cerca de 42% dos voluntários eram negros. Os resultados do estudo de longo prazo foram publicados nessa segunda-feira (21/11), no Journal of the American College of Cardiology.

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No entanto, o que entendemos normalmente como colesterol é, na verdade, um somatório de diferentes tipos: os famosos HDL e LDL
O LDL, conhecido como colesterol "ruim", quando está em níveis altos, pode formar uma placa nas paredes das artérias, dificultando ou impedindo a passagem do sangue
Quanto mais elevadas as taxas de LDL, maior o risco de doenças cardiovasculares, como infarto e acidente vascular cerebral (AVC)
Apesar de silencioso, alguns sinais podem dar indícios do problema
São eles: xantelasmas e xantomas (pequenas bolinhas de gordura que aparecem na pele), dores na barriga, nos dedos dos pés e das mãos
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O colesterol é um composto gorduroso essencial para produção da estrutura das membranas celulares e de alguns hormônios

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No entanto, o que entendemos normalmente como colesterol é, na verdade, um somatório de diferentes tipos: os famosos HDL e LDL

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O LDL, conhecido como colesterol "ruim", quando está em níveis altos, pode formar uma placa nas paredes das artérias, dificultando ou impedindo a passagem do sangue

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Quanto mais elevadas as taxas de LDL, maior o risco de doenças cardiovasculares, como infarto e acidente vascular cerebral (AVC)

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Apesar de silencioso, alguns sinais podem dar indícios do problema

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São eles: xantelasmas e xantomas (pequenas bolinhas de gordura que aparecem na pele), dores na barriga, nos dedos dos pés e das mãos

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Para controlar o colesterol ruim é importante realizar, por exemplo, exercícios durante 30 minutos por dia, três vezes por semana

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Aumentar a ingestão de fibras solúveis, como farinha e farelos de aveia, que absorvem o excesso de colesterol no intestino e o eliminam do corpo

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Aumentar a ingestão de gorduras saudáveis, que estão presentes no azeite extravirgem e nos alimentos ricos em ômega 3

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E aumentar a ingestão de bebidas como chá-preto e suco de berinjela, que também ajudam no controle do colesterol

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Repensando marcadores

“Nosso estudo coloca um grande ponto de interrogação sobre os biomarcadores disponíveis que usamos para avaliar o risco de desenvolver doenças cardíacas, porque eles foram desenvolvidos sem ter todas as etnias em mente”, disse a principal autora do estudo, Nathalie Pamir, à agência Reuters.

O colesterol HDL, conhecido como o tipo “bom”, atua removendo as moléculas de gordura dos vasos sanguíneos e as direcionando para o fígado, onde são metabolizadas e eliminadas do corpo.

O estudo demonstrou que altos níveis de LDL, o colesterol “ruim”, são prejudiciais para pessoas de ambas as etnias. O LDL é associado ao aumento do risco de doenças cardíacas.

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