Sinais nas mãos podem indicar colesterol alto. Aprenda a identificar
Níveis perigosos de colesterol alto, que podem aumentar o risco de ataque cardíaco, podem aparecer primeiro nas extremidades do corpo
atualizado
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O colesterol alto é uma doença tão preocupante quanto silenciosa: é apenas em níveis muito preocupantes da condição que os sinais dela começam a aparecer.
Um dos principais fatores de risco para complicações como o infarto e o acidente vascular cerebral (AVC), o colesterol alto só se manifesta no corpo quando as artérias já estão com a circulação comprometida pelo estreitamento causado pela substância.
“Além do risco de AVC e infarto, o estreitamento progressivo das artérias pelo colesterol alto pode levar à dor crônica e à formação de lesões nos pés de difícil cicatrização, o que aumenta até o risco de amputações”, explica o cirurgião vascular Marcus Vinicius Martins Cury, de São Paulo.
Por isso, é fundamental saber reconhecer os sinais e buscar atendimento a qualquer suspeita.
Sintomas do colesterol alto nas mãos e pés
Os sintomas de hipercolesterolemia podem aparecer por todo o corpo, mas costumam atingir primeiro as extremidades. As mãos e pés são as primeiras áreas do corpo a terem a circulação reduzida, por isso podem ficar mais inchados, com a pele fria e pálida.
A queda de pelos nas regiões também pode indicar comprometimento das artérias que irrigam esses locais, já que as extremidades do corpo, recebendo menos sangue e mais gordura, acabam ficando desnutridas.
A sensação de formigamento nos dedos também pode estar presente. Além disso, um sinal forte do colesterol alto é a fragilidade das unhas do pé — a demora no crescimento das unhas também pode ser observada como um sinal da condição.
Pessoas com altos níveis de colesterol LDL, mais conhecido como “ruim”, também podem ter cãibra e inchaços nos pés. Com o estreitamento dos vasos causado pelo acúmulo de gordura, a queda no suprimento de oxigênio pode provocar os sintomas.
Em alguns casos, o paciente pode sentir dores nas pernas ao caminhar (especialmente as que melhoram com o repouso), sinalizando uma incapacidade circulatória.
Outros sinais pelo corpo
Um dos sinais mais evidentes do acúmulo preocupante de colesterol é a formação de caroços amarelados na região dos olhos, das mãos e dos pés.
Os xantelasmas são o sintoma mais característico do problema e uma evidência de que os índices de gordura estão tão altos que o corpo passou a estocar a substância na pele. Os caroços não são dolorosos ou contagiosos, mas podem se tornar blocos planos e de tom claro que crescem de forma progressiva.
Além dos xantelasmas, em casos mais avançados o paciente pode sentir dor ou desconforto no peito — o sintoma acontece quando o coração não está recebendo sangue e, consequentemente, oxigênio suficiente. Falta de ar e cansaço extremo também são comuns nessas situações.
Ao perceber qualquer um dos sintomas, é importante realizar um exame de sangue para monitorar o colesterol, especialmente se a pessoa não tem o costume de fazer exames periódicos.
O colesterol alto e seus fatores de risco
A hipercolesterolemia está associada ao acúmulo de LDL, popularmente conhecido como colesterol ruim. O LDL é a gordura de baixa densidade, por isso tem tende a “cair” e se acumular em veias e artérias, formando placas obstrutivas. É assim que se desenvolve a aterosclerose, um estreitamento da circulação que aumenta o risco de infarto.
Para manter os níveis de colesterol controlados e evitar problemas, a recomendação é se afastar dos fatores de risco clássicos. São eles:
- Sedentarismo;
- Alimentação rica em ultraprocessados e alimentos gordurosos;
- Obesidade;
- Diabetes não controlada;
- Pressão alta não controlada;
- Tabagismo.
Uma rotina de exercício físico adequada, dieta saudável e a realização de exames periódicos são as chaves para evitar acúmulos de LDL. Além disso, “cessar o tabagismo e reforçar o uso de gorduras boas e de ômega-3 é essencial para diminuir a progressão da placa aterosclerótica”, completa Cury.
Por fim, também é importante conhecer a história familiar de saúde, já que o aumento de colesterol ruim pode ter origem genética. Nesses casos, é ainda mais importante reforçar o acompanhamento regular.
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