Clínicas reclamam que lei inviabiliza venda de vacinas na rede privada
Presidente Jair Bolsonaro assinou, na quarta, lei que permite compra de doses por empresas, mas vinculou-a a doações para o SUS
atualizado
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Nessa quarta-feira (10/3), o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) sancionou a lei que permite a compra de vacinas contra a Covid-19 pela iniciativa privada (clínicas e empresas). No entanto, vinculou a aquisição a doações ao Sistema Único de Saúde.
A decisão não agradou a Associação Brasileira das Clínicas de Vacinas (ABCVAC), que disse não ter sido consultada e que, do jeito que está, a lei inviabiliza que as doses sejam comercializadas pelo setor privado.
“Reconhecemos que toda e qualquer iniciativa que aumente o acesso aos imunizantes é importante, porém em nosso entendimento, não podemos ser colocados no mesmo cesto de outras empresas, que não têm como sua natureza jurídica a prestação de serviços de vacinação e imunização humana”, explica o presidente da ABCVAC, Geraldo Barbosa, em nota enviada à imprensa nesta quinta (11/3).
Segundo a entidade, a decisão do governo federal “parece transferir para o setor privado a obrigação do governo de suprir as necessidades de vacinação dos grupos prioritários.”
A ABCVAC vem procurando, desde o final de 2020, fechar contrato para a compra da vacina indiana Covaxin. No documento, as clínicas afirmam serem capazes de imunizar 10% da população brasileira que não está nos grupos prioritários até o final do ano, e que a ação ajudaria a desafogar o sistema público de saúde.
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