Cisto pode virar câncer? Saiba quando tumor é preocupante
Especialistas explicam que um cisto pode se tornar câncer quando seu “recheio” deixa de ser formado por pus líquido e se torna sólido
atualizado
Compartilhar notícia
Cistos são formações anormais que podem se desenvolver por inúmeros motivos, como alterações hormonais ou infecções. Em geral, são estruturas cheias de líquido sem origem cancerígena — porém, alguns tipos de cistos podem evoluir para tumores malignos.
Entre os cistos mais comuns estão epidérmico, ovariano, renal, mamário e de tireoide. Eles são gerados a partir de um processo celular que forma uma bolsa de queratina cheia de pus. Vários fatores podem desencadear a formação dos sacos, mas alguns dos mais comuns são flutuações hormonais, histórico de acne e infecções cutâneas, gravidez, predisposições genéticas ou lesões.
Na pele, os principais sinais de que o cisto pode se tornar um tumor são formatos irregulares, mudança de tamanho, dores e vermelhidão. “Geralmente, o tratamento é a remoção cirúrgica completa, pois raramente se tornam cancerosos. No entanto, é importante fazer acompanhamento com um médico para identificar se o cisto está evoluindo”, destaca a dermatologista Paula Luz, da Clínica Luz, em Brasília.
Ela alerta ainda sobre o cisto triquilemal, uma estrutura que se forma geralmente no couro cabeludo e pode evoluir para o carcinoma espinocelular — o segundo tipo de câncer de pele mais comum. “No entanto, o quadro não acontece com frequência”, afirma a dermatologista. Paula acrescenta que não se deve espremer qualquer tipo de cisto, pois a ação pode causar inflamação e infecção.
Cistos em órgãos internos
Entre as bolsas de pus que se desenvolvem em órgãos internos, o oncologista Wesley Pereira Andrade explica que os mais perigosos são os de estrutura sólida, que podem evoluir para carcinomas, como o papilífero (câncer de tireoide).
“O risco de câncer dentro do caroço aumenta com o tamanho da parte sólida. Por exemplo, se um tumor tem 5 centímetros e a parte sólida tem 4, é preocupante. O diagnóstico é feito com uma biópsia guiada por ultrassom e, às vezes, é necessário fazer cirurgia”, enfatiza o oncologista.
Nódulos e caroços no ovário, por exemplo, podem evoluir para câncer de colo de útero caso não sejam identificados e tratados precocemente. Por isso, Andrade lembra da importância de fazer exames de rastreio, como o papanicolau.
Siga a editoria de Saúde no Instagram e fique por dentro de tudo sobre o assunto!