Cisto no ovário: o que é, tipos, sintomas e tratamento
O cisto no ovário é muito comum em mulheres mas ainda gera confusão e dúvidas. Especialistas apontam como identificar a condição
atualizado
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Nesta semana, a influenciadora e modelo Hailey Bieber compartilhou que sofre de dores e inchaço causados por um cisto do tamanho de uma maçã no ovário. A notícia acendeu um alerta sobre o problema enfrentado por muitas mulheres.
A presença de um cisto no ovário pode ocorrer em qualquer momento da vida e nem sempre manifesta sintomas característicos. As formações são mais comuns durante a idade reprodutiva e acontecem por fatores como desregulação hormonal e genética, histórico familiar e infecções pélvicas graves.
Os cistos nos ovários geralmente são pequenos e inofensivos, desaparecendo dentro de algumas semanas. Por isso, algumas mulheres nem mesmo notam que existe um problema até identificarem o cisto em um exame de ultrassom. Mas, em alguns casos, a presença deles pode estar acompanhada de dores intensas.
O ginecologista Thiers Soares, especialista em cirurgias ginecológicas, afirma que é raro as pacientes manifestarem algum sintoma fora do habitual durante o ciclo menstrual. Mesmo assim, é importante estar alerta a alguns sinais.
Soares e a obstetriz Mariana Betioli, especialista em saúde íntima, apontam quais são os sintomas mais comuns:
- Aumento do volume abdominal;
- Dor pélvica;
- Irregularidade do ciclo menstrual;
- Sangramento fora do período menstrual;
- Enjoo;
- Ganho de peso sem motivo;
- Dor durante as relações sexuais.
Tipos de cistos
Os cistos mais comuns entre mulheres em idade reprodutiva são classificados em quatro categorias. A primeira é o cisto funcional: é o tipo mais comum e ocorre quando os folículos (que armazenam os óvulos) não se rompem durante o ciclo menstrual. Como o óvulo não é expelido, é formado um cisto, que vai crescendo e tende a desaparecer naturalmente após alguns meses.
A segunda categoria de cisto é o endometrioma. Ele normalmente é encontrado em mulheres que sofrem de endometriose. Esse tipo de cisto é caracterizado por um líquido escuro e sanguinolento, com aspecto achocolatado, e precisa de acompanhamento. Em alguns casos, é necessário removê-lo.
“O cisto dermóide é o maior, podendo ultrapassar 10 centímetros de diâmetro e apresentar pelos. Por causa dessas características, ele geralmente provoca dores e incômodos mais fortes. O tratamento é realizado especificamente por vias cirúrgicas”, explica o médico.
Por último, o cistoadenoma tem características muito parecidas com o cisto funcional, mas é persistente e reaparece. Ele pode surgir em qualquer idade e é formado pelo tecido que reveste o ovário, podendo provocar diversas outras lesões na região – como uma torção, por exemplo. O tratamento mais viável para essa categoria é a cirurgia.
Quando procurar um médico
Mariana recomenda que é preciso ir ao médico ao sentir dor pélvica, inchaço frequente, irregularidade menstrual, sangramento fora do período menstrual ou dor na relação sexual.
Soares acrescenta que é bom estar atento ao acompanhamento de mulheres após os 50 anos, já que podem surgir cistos malignos após essa idade. Mesmo assim, não é a regra.
Tratamento
A obstetriz afirma que, quando os cistos não saem naturalmente, o tratamento indicado é feito com medicamentos para controlar o seu crescimento. Mas quando o cisto é grande, a indicação é fazer uma cirurgia para removê-lo.
De acordo com Soares, o tratamento para os cistos nos ovários avançou muito nos últimos 20 anos. Hoje, as possibilidades de cirurgias minimamente invasivas podem ajudar as mulheres a terem uma vida mais saudável e sem sofrimento quando possuem cistos duradouros.
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