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Cientistas testam anticorpos de lhama contra futura ameaça viral

Mistura de micro-organismos foi eficaz em ratos contra o bunyavírus, mas pesquisa não deve ficar pronta a tempo de testar com coronavírus

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1 de 1 aaaA-Fazenda-A-lhama-estara-de-volta-nesta-edicao-de-A-Fazenda-Antonio-Chahestian-Record - Foto: Antonio Chahestian/Record

Segundo a Organização Mundial de Saúde, a família dos bunyavírus pode ser responsável por futuras epidemias. Antecipando-se no combate à infecção que, por enquanto, raramente atinge seres humanos, o microbiologista Paul Wichgers Scheur, da Wageningen Bioveterinary Research, na Holanda, começou a procurar soluções em animais improváveis. Sua aposta atual são os lhamas.

Os mamíferos andinos, assim como camelos e tubarões, produzem anticorpos em miniatura, que são quase metade do tamanho de uma célula normal: essas mini células seriam eficientes para atacar os bunyavírus.

De acordo com a revista Science, os pesquisadores injetaram o vírus nas lhamas, que produziram 70 variedades de anticorpos contra o agente invasor. Usando uma mistura destas células com o que foi chamado de “super cola”, os cientistas tentaram tratar ratos que receberam doses letais de bunyavírus.

Os animais que não receberam tratamento morreram em três dias e 20% dos que receberam uma mistura com três tipos dos anticorpos produzidos sobreviveu mais de 10 dias. Uma das combinações testadas conseguiu salvar todos os ratos que receberam a medicação.

A pesquisa mostra, segundo Scheur, que o tratamento seria possível, e “nos dá novas oportunidades para otimizá-lo”, explica.

Ainda faltam muitos passos para testá-lo em humanos, mas os pesquisadores estão confiantes que, se funcionar contra o bunyavírus, a solução pode ser tentada com outros tipos de vírus — porém, o estudo não ficaria pronto a tempo de deter a pandemia provocada pelo novo coronavírus.

Entenda como o coronavírus ataca o corpo:

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