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Cientistas sugerem que sintomas de Covid longa podem ser emocionais

Pesquisadores apontam que os sintomas da covid longa também são comuns em pessoas que nunca contraíram o coronavírus

atualizado

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mulher doente assoa nariz em papel. Ela está deitada no sofá ao lado de medicamentos, covid longa-Metrópoles
1 de 1 mulher doente assoa nariz em papel. Ela está deitada no sofá ao lado de medicamentos, covid longa-Metrópoles - Foto: Getty Images

Um estudo realizado nos Estados Unidos apontou que pessoas sem histórico de infecção pela Covid-19 também podem apresentar sintomas semelhantes aos da Covid longa. A pesquisa, realizada na Universidade da Califórnia, questiona se os efeitos na saúde vivenciados após o coronavírus realmente decorrem da infecção pelo Sars-CoV-2. Para os cientistas, a causa pode ser emocional.

O trabalho científico foi publicado nessa quinta-feira (1°/12) na revista JAMA Network Open. Ele contou com a participação de mil voluntários adultos de oito cidades do país. Todos haviam se recuperado recentemente de alguma uma infecção respiratória aguda – com sintomas como febre, tosse e coriza.

Os cientistas aplicaram questionários em dois grupos distintos. O primeiro havia contraído o coronavírus e o segundo tinha apresentado problemas respiratórios decorrentes de outras condições infecciosas. Todos responderam a respeito dos sintomas em dois momentos diferentes e, em seguida, as respostas foram comparadas.

De acordo com os pesquisadores, não houve diferença significativa entre os relatos dos indivíduos já infectados e daqueles que nunca contraíram a doença. Para eles, as observações podem sugerir que os sintomas conhecidos como Covid longa são, na verdade, causados por questões emocionais.

“Como as mudanças parecem semelhantes para os participantes positivos e negativos da Covid-19, isso sugere que a experiência da própria pandemia e o estresse relacionado podem estar desempenhando um papel no atraso da recuperação das pessoas infectadas com qualquer doença”, afirmou Lauren Wisk, autora principal do estudo, na divulgação dos resultados à JAMA.

A pesquisa

Os participantes do estudo foram recrutados entre dezembro de 2020 e setembro de 2021, quando as linhagens Alpha e Delta eram dominantes. No início das observações, cada um foi testado para a Covid-19. Os voluntários responderam um questionário sobre a gravidade dos sintomas experimentados.

Três meses depois, eles preencheram os testes e o questionário novamente para estabelecer como os sintomas haviam mudado. Dos mil pacientes, 722 pessoas testaram positivo para Covid-19, enquanto 278 testaram negativo. Cerca de 282 participantes do grupo de Covid-19 e 147 participantes não-Covid relataram consistentemente baixo bem-estar físico, mental ou social no estudo.

Os pesquisadores não informaram quais doenças os outros participantes tinham, mas é presumido que tenham incluído gripe e infecções bacterianas.

Os cientistas também descobriram que não houve diferença na melhora dos sintomas entre os dois grupos durante o período de três meses. A única exceção foi para o retorno às atividades sociais: as pessoas que tiveram Covid-19 melhoraram significativamente mais rápido em comparação com quem não teve a infecção.

De acordo com os estudiosos, agora pesquisadores e médicos podem ter uma melhor compreensão dos resultados de bem-estar relacionados à Covid-19. Para eles, as descobertas destacam o potencial impacto generalizado da pandemia na saúde geral, incluindo os aspectos emocionais, sociais e mentais menos controlados, juntamente com os efeitos físicos que já são reconhecidos.

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