Cientistas sugerem que Covid seja listada como febre viral trombótica
Grupo brasileiro compara a infecção a doenças como febre amarela e dengue, mas com ação diferente na circulação sanguínea
atualizado
Compartilhar notícia
Em um artigo publicado na revista científica Memórias do Instituto Oswaldo Cruz, um grupo de pesquisadores brasileiros sugeriu que a Covid-19 não seja mais classificada como uma Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), mas sim como uma febre viral trombótica.
A terminologia, mais abrangente, pretende ser mais fidedigna aos efeitos da infecção no corpo. A ideia surgiu após uma comparação com doenças como a febre amarela e a dengue, classificadas como febres virais hemorrágicas. No caso da Covid-19, o impacto vai além do sistema respiratório, e o coronavírus aumenta a chance da formação de coágulos e trombos, além de causar dano no tecido que reveste os vasos sanguíneos.
“A Covid-19 emergiu afetando a todos, mas promovendo um pior desfecho, em geral, naquela população mais idosa, com síndrome metabólica, doenças cardiovasculares, diabetes, ou seja, naqueles onde uma inflamação do endotélio pré-existente teria maior impacto”, explica o cardiologista Rubens Costa Filho, um dos responsáveis pelo artigo, ao G1.
Participam do grupo pesquisadores do Hospital Pró-Cardíaco, IOC/Fiocruz (Instituto Oswaldo Cruz), Unifase (Faculdade de Medicina de Petrópolis), Inca (Instituto Nacional do Câncer), Fiocruz Paraná (Instituto Carlos Chagas) e United Health Group.
Saiba como o coronavírus ataca o corpo humano: