Cientistas identificam nova variante do coronavírus em Belo Horizonte
Cepa inédita tem mutações em comum com variantes brasileiras, sul-africana e britânica, e pode ser mais transmissível
atualizado
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Pesquisadores da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) identificaram uma nova variante do coronavírus em Belo Horizonte. A cepa é composta por uma combinação de 18 mutações que nunca foram encontradas juntas. Algumas delas estão presentes nas variantes brasileiras (P.1 e P.2), na sul-africana (B.1.1.351) e na britânica (B.1.1.7).
A nova variante ainda não foi nomeada, mas, segundo o coordenador do estudo, Renato Santana, provavelmente se chamará P.4, já que tem origem semelhante a outras cepas brasileiras. Ainda não se sabe se a variante recém-identificada é mais transmissível ou se as pessoas infectadas ficam mais suscetíveis a quadros graves e óbitos. As mutações encontradas, porém, são associadas a uma contaminação mais eficiente por parte do vírus.
A nova variante foi identificada em dois genomas, entre 85 analisados. Os pesquisadores dizem que ela provavelmente está circulando também em outras cidades de Minas Gerais. O estado vem sofrendo, como o restante do país, com uma alta expressiva de casos e óbitos.
Entenda, na galeria, como funcionam as variantes: