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Cientistas encontram 50 mutações em vírus da varíola dos macacos

Sequenciamento genético mostrou que vírus em circulação é semelhante ao encontrado no surto da doença em 2018, porém com dezenas de mutações

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Ilustração do vírus da varíola - Metrópoles
1 de 1 Ilustração do vírus da varíola - Metrópoles - Foto: ROGER HARRIS/SCIENCE PHOTO LIBRARY/ Getty Images

Cientistas do Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (Insa), em Portugal, descobriram que o vírus causador da varíola dos macacos em circulação em ao menos 17 países sofreu uma série de mutações desde os surtos anteriores da doença.

O grupo de pesquisa da professora Joana Isidro, do Departamento de Infectologia do Insa, analisou amostras de dez sequenciamentos genômicos de pacientes infectados recentemente.

O atual vírus tem características muito semelhantes à cepa encontrada durante surto de varíola dos macacos em 2018 e 2019, no Reino Unido, Israel e Cingapura. No entanto, ele possui cerca de 50 mutações adicionais.

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A doença foi diagnosticada pela primeira vez nos seres humanos em 1970. De acordo com o perfil dos pacientes infectados atualmente, maioria homossexual ou homens que fazem sexo com homens (HSH), especialistas desconfiam de uma possível contaminação por via sexual, além de pelo contato com lesões em pessoas doentes ou gotículas liberadas durante a respiração
Segundo o Controle e Prevenção de Doenças dos EUA (CDC),  "qualquer pessoa, independentemente da orientação sexual, pode espalhar a varíola de macacos por contato com fluidos corporais ou itens compartilhados (como roupas e roupas de cama) contaminados"
Inicialmente, a varíola de macacos é transmitida por contato com macacos infectados ou roedores, e é mais comum em países africanos. Antes do surto atual, somente quatro países fora do continente tinham identificado casos na história
Entre os sintomas da condição estão: febre, dor de cabeça, dor no corpo e nas costas, inchaço nos linfonodos, exaustão e calafrios. Também há bolinhas que aparecem no corpo inteiro (principalmente rosto, mãos e pés) e evoluem, formando crostas, que mais tarde caem
O período de incubação do vírus varia de sete a 21 dias, mas os sintomas, que podem ser muito pruriginosos ou dolorosos, geralmente aparecem após 10 dias
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Recentemente, diversos países têm registrado casos de pacientes diagnosticados com varíola de macaco, doença rara causada pelo vírus da varíola símia. Segundo a OMS, a condição não é considerada grave: a taxa de mortalidade é de 1 caso a cada 100. Porém, é a primeira vez que se tornou identificada em grande escala fora do continente africano

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A doença foi diagnosticada pela primeira vez nos seres humanos em 1970. De acordo com o perfil dos pacientes infectados atualmente, maioria homossexual ou homens que fazem sexo com homens (HSH), especialistas desconfiam de uma possível contaminação por via sexual, além de pelo contato com lesões em pessoas doentes ou gotículas liberadas durante a respiração

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Segundo o Controle e Prevenção de Doenças dos EUA (CDC), "qualquer pessoa, independentemente da orientação sexual, pode espalhar a varíola de macacos por contato com fluidos corporais ou itens compartilhados (como roupas e roupas de cama) contaminados"

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Inicialmente, a varíola de macacos é transmitida por contato com macacos infectados ou roedores, e é mais comum em países africanos. Antes do surto atual, somente quatro países fora do continente tinham identificado casos na história

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Entre os sintomas da condição estão: febre, dor de cabeça, dor no corpo e nas costas, inchaço nos linfonodos, exaustão e calafrios. Também há bolinhas que aparecem no corpo inteiro (principalmente rosto, mãos e pés) e evoluem, formando crostas, que mais tarde caem

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O período de incubação do vírus varia de sete a 21 dias, mas os sintomas, que podem ser muito pruriginosos ou dolorosos, geralmente aparecem após 10 dias

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Por ser uma doença muito parecida com a varíola, a vacina contra a condição também serve para evitar a contaminação

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Apesar de relativamente rara e transmissível, os especialistas europeus afirmam que o risco de um grande surto é baixo

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Em casos severos, o tratamento inclui antivirais e o uso de plasma sanguíneo de indivíduos imunizados

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“Isso é muito mais do que se esperaria, considerando a taxa de substituição estimada para ortopoxvírus (vírus causador da varíola)”, escreveram os pesquisadores em um artigo divulgado em formato de pré-impressão que ainda precisa de revisão de outros especialistas.

Vírus menos agressivo

Em entrevista à agência de notícias Lusa, o o microbiologista João Paulo Gomes, responsável pelo Núcleo de Genômica e Bioinformática do Departamento de Doenças Infecciosas do Insa, acrescentou que esta versão do vírus é menos agressiva do que uma segunda linhagem em circulação na África Central. “Trata-se da forma menos severa do vírus”, afirmou.

Sintomas

O período de incubação do vírus que provoca a doença varia de sete a 21 dias. Os sintomas costumam aparecer após dez ou 14 dias do momento da infecção. Os primeiros sinais são febre, mal estar e dor e, cerca de três dias depois, os pacientes passam a apresentar bolhas por todo o corpo – parecidas com as da catapora, que evoluem para crostas. A doença termina no período entre três e quatro semanas.

Como se pega

A transmissão do vírus que causa a varíola dos macacos entre humanos ocorre, principalmente, por meio do contato com secreções respiratórias, lesões de pele das pessoas infectadas ou objetos que tenham sido usados pelos pacientes.

No surto dos países europeus, tem se verificado uma prevalência de casos entre homens que fazem sexo com homens. No entanto, até aqui, não há evidências de que a transmissão entre eles tenha sido por via sexual.

Autoridades de saúde alertam para aqueles que apresentarem mudanças incomuns na pele procurem um médico imediatamente.

Tratamento

Normalmente não é necessário realizar tratamento específico, pois os sintomas desaparecerem em algumas semanas. O médico, no entanto, pode indicar o uso de medicamentos que aliviam os sintomas mais rapidamente.

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