metropoles.com

Cientistas cobram que plataformas “desmonetizem” fake news

Academia Brasileira de Ciências, que reúne principais cientistas do Brasil, denuncia mecanismos que favorecem propagação de fake news

atualizado

Compartilhar notícia

GettyImages
Mulher negra segura um celular com a mão direita. Na mão esquerda, ela tem um celular
1 de 1 Mulher negra segura um celular com a mão direita. Na mão esquerda, ela tem um celular - Foto: GettyImages

Um relatório preparado pela Academia Brasileira de Ciências (ABC), instituição que reúne os principais cientistas do Brasil, denuncia os mecanismos que favorecem a propagação de fake news no país.

Preocupados com o ambiente de “desinformação científica” – no qual há dúvidas sobre verdades comprovadas como a eficácia das vacinas, o formato da terra e as mudanças climáticas – , os pesquisadores querem a regulamentação das plataformas para evitar a “monetização” de conteúdos falsos.

Os pesquisadores alertam para o ambiente de “desinformação científica” criado pela disseminação de informações falsas, enganosas ou imprecisas sobre questões científicas relacionadas a temas de saúde, ambientais ou tecnológicos. A divulgação de fake news deste tipo impacta a capacidade de as pessoas tomarem decisões, além de reduzir a confiança nas instituições científicas e governamentais.

Coordenado pela pesquisadora Thaiane Oliveira, professora de pós-graduação em comunicação da Universidade Federal Fluminense (UFF), o relatório levou oito meses para ser preparado e contou com o trabalho de 20 pesquisadores. O lançamento ocorre nesta quinta-feira (20/6) na sede da ABC, no Rio de Janeiro, em evento com a participação da ministra de Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos.

“A desinformação científica prejudica toda a sociedade, especialmente quando os conteúdos são sobre temas de saúde. Por interesses políticos e econômicos, vidas são colocadas em risco“, comentou a professora Thaiane Oliveira, em entrevista ao Metrópoles.

A Academia Brasileira de Ciências (ABC) 5 medidas fundamentais para combater a “desinformação científica”:

1) Ampliar a promoção da divulgação científica: aumentar o acesso de estudantes a museus, bem como incentivar os cientistas a se comunicarem mais com a imprensa e a sociedade;

2) Fortalecer a comunicação das universidades: criar agências de notícias especializadas em divulgação científica;

3) Investir na educação midiática e científica: incluir disciplinas que permitam uma melhor educação tanto em relação aos conceitos e ferramentas da comunicação, como da ciência;

4) Implantar linhas de pesquisa para o enfrentamento à desinformação: criar oportunidades de especialização para pesquisadores se dedicarem às estratégias de combate às fake news

5) Regulamentar as plataformas de conteúdo: mobilizar a comunidade acadêmica para exigir a regulamentação das empresas e plataformas que lucram com a desinformação.

Siga a editoria de Saúde no Instagram e fique por dentro de tudo sobre o assunto!

Compartilhar notícia

Quais assuntos você deseja receber?

sino

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

sino

Mais opções no Google Chrome

2.

sino

Configurações

3.

Configurações do site

4.

sino

Notificações

5.

sino

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comSaúde

Você quer ficar por dentro das notícias de saúde mais importantes e receber notificações em tempo real?