Cientistas descobrem sete variantes do novo coronavírus nos EUA
Pesquisa diz que “há uma assinatura clara de um benefício evolutivo”, mas ainda é estudada a possibilidade de maior poder de contágio
atualizado
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Um grupo de cientistas norte-americanos publicou estudo no domingo (14/2) em que afirma ter descoberto pelo menos sete variantes do novo coronavírus nos Estados Unidos. Apesar de ser uma pesquisa que ainda não tem revisão dos pares, ou seja, necessita que outros estudiosos confirmem, ela aponta mutação coincidente no mesmo ponto dos genes.
O temor dos pesquisadores é de que essa “mutação compartilhada”, como eles a chamam, possa tornar as variantes mais contagiosas. Mas eles suspeitam de que elas podem ser do mesmo tipo que apareceu no Reino Unido e na África do Sul.
“Há, claramente, algo acontecendo com essa mutação”, afirmou Jeremy Kamil, virologista do Centro de Ciências da Saúde da Louisiana State University e coautor do estudo, ao New York Times. “Acho que há uma assinatura clara de um benefício evolutivo”, completou.
Ainda é necessário que experimentos adicionais sejam realizados para ver se as variações afetam a transmissão ou morbidade.
Uma das variantes, chamada de Q677P, foi detectada pela primeira vez nos EUA em 23 de outubro. Depois disso, tornou-se responsável por 27,8% dos casos de Covid-19 na Louisiana no período entre 1º de dezembro e 19 de janeiro.
Os cientistas pedem para que as publicações jornalísticas deixem claro que pré-impressões do estudo ainda não foram avaliadas pela comunidade médica e as informações apresentadas podem estar incorretas.