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Cientistas descobrem molécula ligada à evolução do câncer colorretal

Bactéria presente em pacientes com câncer e em pessoas com doenças inflamatórias intestinais pode produzir molécula problemática

atualizado

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Mohammed Haneefa Nizamudeen, Istock
Câncer no intestino
1 de 1 Câncer no intestino - Foto: Mohammed Haneefa Nizamudeen, Istock

Pesquisadores da Universidade de Yale, nos Estados Unidos, estão mais próximos de entender como a microbiota intestinal está relacionada com o câncer colorretal. Em um estudo publicado na última quinta (27/10) na revista Science, o grupo descreve a identificação de uma nova classe de moléculas capazes de danificar o DNA, levando à formação de tumores.

As substâncias químicas, que receberam o nome de indoliminas, são produzidas pela Morganella morganii, uma bactéria muito comum no intestino de pacientes com doenças inflamatórias intestinais (doença de Crohn, retocolite ulcerativa e colites indeterminadas). Pessoas com a condição têm maior risco de desenvolver câncer na porção final do intestino.

Os pesquisadores coletaram amostras de fezes de 11 pacientes com a doença intestinal, e identificaram mais de cem tipos de bactérias. Cada uma delas foi desenvolvida em laboratório com uma amostra de DNA — 18 das bactérias causaram dano na molécula genética.

A partir daí, foram encontradas as substâncias capazes de danificar o DNA. Os pesquisadores já sabiam sobre a existência de toxinas capazes de causar dano nas moléculas genéticas, mas as substâncias encontradas não estavam relacionadas a bactérias já conhecidas por produzi-las.

Olhando especificamente a M.morganii, que está presente nos pacientes com câncer colorretal e em pessoas com doença inflamatória intestinal, foi possível verificar a produção das indoliminas e o gene responsável por sintetizá-las.

Os cientistas usaram um modelo com ratos para mostrar que a bactéria aumentava o crescimento de tumores e, quando o gene era apagado, a produção de indoliminas era pausada e o câncer parava de se desenvolver.

Apesar de a descoberta ser promissora, os pesquisadores alertam que o modelo de ratos é limitado e outros estudos precisam ser desenvolvidos para que se entenda se a molécula funciona da mesma maneira em humanos. Eles também querem entender exatamente como as indoliminas danificam o DNA e o quão influentes no desenvolvimento do câncer as moléculas são.

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