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Cientistas da UFRJ pedem medidas imediatas contra catástrofe nacional

Pesquisadores do Grupo de Trabalho Multidisciplinar para Enfrentamento da Covid-19 afirmam que “a atual situação é de altíssima gravidade”

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1 de 1 Chão com poça d'água reflete imagem - Foto: Jacqueline Lisboa/ Especial Metrópoles

Cientistas da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) pedem a adoção imediata de medidas urgentes para que o atual quadro de “catástrofe” nacional diante da pandemia de Covid-19 possa ser revertido. Os especialistas, que integram o Grupo de Trabalho Multidisciplinar para Enfrentamento da Covid-19, emitiram nota na noite desta segunda-feira (22/3), diante da escalada nacional de infecções e mortes pelo coronavírus e à constatação de aumento na carga viral de pacientes infectados, o que pode indicar uma explosão de novos casos nas próximas semanas.

As medidas de isolamento social devem ser intensificadas, acompanhadas das devidas ações de transferência de renda, bem como uma campanha nacional para a distribuição e o uso de máscaras – medidas que comprovadamente diminuem a velocidade de transmissão do Sars-CoV-2.

Segundo os pesquisadores, “a atual situação é de altíssima gravidade”. No Centro de Triagem e Diagnóstico para Covid-19 da UFRJ foi observado nas duas últimas semanas, um aumento significativo do número de testes RT-PCR positivos nas últimas duas semanas, em relação às duas semanas anteriores, de 11,6% para 20,1%.

“É importante ressaltar que, nesse mesmo período, por meio dos resultados obtidos de RT-PCR constatou-se um aumento da carga viral média estimada, o que representa risco de aumento da transmissibilidade e, consequentemente, um potencial de explosão de casos nas semanas subsequentes, alertando para a relevância da intensificação das medidas de contingência”.

Os cientistas ressaltam o fato de o Brasil permanecer isolado “como o único país sem uma estratégia precisa de combate à pandemia”. “Por mais que os pesquisadores tenham contribuído com propostas cientificamente embasadas, as dificuldades impostas pela desorganização pública, as incompreensíveis atitudes de alguns gestores e os comportamentos de uma parcela da sociedade reduzem a eficácia das medidas tomadas de forma isolada”, destaca o texto.

De acordo com os cientistas da UFRJ, “o Brasil tem destoado das abordagens mais assertivas e resolutivas sugeridas e adotadas por países que apresentam resultados melhores no enfrentamento da pandemia. Consequentemente, o Brasil assume posição dianteira no cenário de casos e óbitos por covid-19 e como território fértil ao surgimento de variantes do vírus, provocando uma rejeição internacional aos brasileiros e afetando, ainda mais, a nossa economia”.

Saiba como o coronavírus ataca o corpo humano:

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