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Cientistas criam vacina contra Alzheimer que recupera memória em ratos

Imunizante estimula produção de anticorpo que destrói placas de proteína no cérebro associadas à queda de função das células do órgão

atualizado

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Adam Gault/Getty Images
Cientista olhando para ratos de laboratório
1 de 1 Cientista olhando para ratos de laboratório - Foto: Adam Gault/Getty Images

Pesquisadores da Universidade de Leicester, no Reino Unido, anunciaram, nessa segunda (15/11), que a vacina contra Alzheimer criada pela equipe apresentou bons resultados em ratos e foi capaz de inclusive reverter a demência nos animais, recuperando a memória perdida.

A terapia pioneira custaria £ 15 (cerca de R$ 110) por dose, e seria eficaz para proteger contra a doença e evitar seu avanço em pacientes contaminados. O produto entrará em teste clínico com humanos nos próximos dois anos.

O Alzheimer funciona de maneira ainda misteriosa para a comunidade científica, mas se acredita que a doença seja causada por placas de proteína que se juntam no cérebro e interferem com o funcionamento das células do órgão.

Os pesquisadores britânicos identificaram um anticorpo que evita que as moléculas de proteína se juntem e formem as placas. O imunizante seria responsável por desencadear a produção do anticorpo no organismo e combater as aglomerações no cérebro.

“A pesquisa ainda está em um estágio inicial, mas se esses resultados se replicarem nos estudos clínicos com humanos, pode ser algo transformador, que abre possibilidades para não só tratar o Alzheimer quando os sintomas são detectados, mas também vacinar as pessoas antes dos primeiros sinais aparecerem”, explica o professor Mark Carr, um dos responsáveis pelo estudo, em entrevista ao jornal Daily Mail.

Estudos anteriores tentaram dissolver as placas de proteína sem sucesso em diminuir os sintomas da doença, e alguns até tiveram efeitos negativos na saúde dos participantes. Os pesquisadores britânicos encontraram outro caminho usando o anticorpo, que não destrói outros tipos de proteínas, evitando qualquer dano.

O estudo foi publicado na revista científica Molecular Psychiatry, do grupo Nature, e foi feito em parceria com uma instituição de caridade para pesquisa médica chamada LifeArc. Os cientistas procuram agora um parceiro comercial para custear o estudo clínico em humanos.

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