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“Origamis” de DNA podem tornar antibióticos mais eficientes

Pesquisadores da Universidade de Cambridge conseguiram criar um modelo que funcionou para deter as bactérias E. coli

atualizado

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1 de 1 DNA - Foto: Istock

Os “origamis” de DNA podem aumentar a eficácia dos antibióticos e impedir o surgimento de superbactérias. Os cientistas propõe a criação de dispositivos de entrega de medicamentos mais eficientes a partir de filamentos intricadamente dobrados de DNA: os origamis encontrariam as bactérias no corpo, forçando-as a entrar em contato com os antibióticos.

Pesquisadores da Universidade de Cambridge que estão trabalhando para viabilizar desenvolveram um destes origamis e conseguiram diminuir a taxa de crescimento de duas bactérias comuns, sendo uma deles a E. coli. O método permitiria que doses mais baixas de antibióticos fossem distribuídas aos pacientes, poupando-os de efeitos colaterais, como vômitos e perda de apetite.

O novo método, a longo prazo, também retardaria o aumento da resistência a antibióticos, de acordo com  autora do estudo, Ioanna Mela, informou à NewScientist. As superbactérias surgiram por conta excesso de medicamentos prescritos e pelos hábitos de uso errados.

Método

O DNA é mais conhecido por armazenar as informações genéticas dos seres vivos, mas a ciência moderna está permitindo que ele seja manipulado para outros fins. Um dos usos têm sido a criação de diferentes estruturas 3D a partir dos filamentos  e, agora, trabalha-se para que eles tenham a forma exata necessária para ligá-lo a outras moléculas, como uma chave que se encaixa em uma fechadura.

A equipe de Cambridge criou os dispositivos microscópicos – plataformas planas de DNA com cinco ‘ganchos’ saindo das bordas. Cada gancho tinha DNA projetado para se ligar às bactérias E. coli ou Bacillus subtilis, a causa de infecções desagradáveis, como meningite e septicemia.

Eles também foram carregados com duas moléculas de lisozima, uma enzima que mata bactérias tentando entrar em nosso corpo e pode ser encontrada em lágrimas, saliva e suor. Quando as bactérias foram expostas às cadeias de DNA dobradas, elas cresceram mais lentamente do que quando expostas apenas à lisozima.

Philip Tinnefeld, da Universidade Ludwig Maximilian de Munique, que não participou do estudo, disse à New Scientist: “Esta é uma boa aplicação do uso da modularidade da nanotecnologia do DNA – você pode incorporar ingredientes diferentes. Uma falha potencial é que as estruturas de DNA tendem a se decompor por enzimas no sangue, embora possam ser quimicamente modificadas para torná-las mais estáveis.” (Com informações do Daily Mail)

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