Cientistas criam nariz artificial vegano para substituir implantes
O nariz artificial é feito com hidrogel de nanocelulose, ácido hialurônico, e células de cartilagem do próprio paciente
atualizado
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Um nariz “vegano” impresso em 3D está sendo desenvolvido por cientistas britânicos para pessoas que perderam o membro, seja por acidente ou câncer. O nariz artificial é feito de polpa de madeira macia e ácido hialurônico.
Atualmente, em casos de reconstituição desse membro, os cirurgiões precisam extrair cartilagem das costelas das vítimas, o que envolve várias operações que podem causar prejuízos a longo prazo para o paciente.
De acordo com o cirurgião criador do nariz artificial, Thomas Jovic, da Swansea University Medical School, os componentes usados na mistura são veganos.
“O hidrogel de nanocelulose é basicamente polpa de madeira macia. E o ácido hialurônico, encontrado em muitos cremes para a pele e preenchimentos faciais, é produzido a partir de bactérias. Ambos são veganos”, afirma.
Após os produtos serem mesclados, um catalisador biológico é acrescentado para que a mistura chegue à consistência correta. Em seguida, células de cartilagem do próprio paciente são retiradas, multiplicadas em laboratório e acrescentadas à solução. A técnica também pode ser usada para reconstruir orelhas danificadas.
O trabalho já foi apresentado à Associação Britânica de Cirurgiões Plásticos, Reconstrutivos e Estéticos, e os cientistas ganharam apoio do órgão. Para o professor Iain Whittaker, presidente de cirurgia plástica da Swansea University, a parte mais interessante da pesquisa é que está sendo usada uma tecnologia de impressão 3D combinada com a engenharia de tecidos para criar um tecido biológico.
“Este processo aumenta a personalização e cria uma solução permanente através de um processo muito menos complexo do que os procedimentos tradicionais, reduzindo horas operatórias e eliminando a necessidade de esculpir manualmente a estrutura do nariz“, afirma.
Os cientistas explicam que o próximo passo é verificar se o material não provoca reações imunológicas e, depois, iniciar os testes em animais.
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