Cientistas criam colher que pode adoçar comida sem precisar de açúcar
A colher é chamada de Sugarware. Ela é capaz de estimular as papilas gustativas da língua para sentirmos o sabor doce
atualizado
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Pesquisadores da Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos, desenvolveram uma colher que, de acordo com eles, pode adoçar a comida sem precisar da adição de açúcar. O talher, que ainda está nos estágios iniciais de design, possui “calombos” em sua parte inferior que proporcionam maior contato físico com as papilas gustativas da língua.
Os cientistas explicam que o relevo é coberto com uma camada de móleculas chamadas de ligantes — a substância interage com receptores específicos nas células para iniciar uma resposta fisiológica. Os ligantes das colheres são feitos a partir do açúcar, resultando na estimulação do sabor doce nas papilas gustativas sem a necessidade de ingerir o adoçante.
Os pesquisadores intitularam o talher de Sugarware e explicam que o público-alvo é composto principalmente de diabéticos que desejam reduzir o consumo de açúcar. A Sugarware ainda está em desenvolvimento e os cientistas tentam descobrir como aderir os ligantes de forma permanente às colheres.
Talheres que mudam o gosto da comida
Em 2022, cientistas da Universidade Meiji, em Tóquio, no Japão, desenvolveram hashis que tornam os alimentos mais salgados. Para isso, os pesquisadores usaram uma corrente elétrica de baixa intensidade nos pauzinhos para transmitir íons de sódio aos alimentos.
Testes clínicos foram feitos com pessoas que seguem dietas com baixo teor de sódio e os cientistas observaram que o dispositivo aumenta o sabor salgado dos alimentos com pouco sal em cerca de 1,5 vezes.
O objetivo dos pesquisadores é tornar esse tipo de comida mais palatável para indivíduos que precisam restringir o consumo de sódio, facilitando a aderência ao regime. “Se tentarmos consumir menos sal de maneira convencional, precisaremos suportar a dor de cortar nossa comida favorita da dieta, ou tolerar comer alimentos insossos”, afirmou o pesquisador Ai Sato.
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