Cientistas brasileiros criam teste de Covid mais rápido por R$ 30
Pesquisa da UFRJ desenvolveu exame que identifica coronavírus em menos tempo e com menor custo. Prioridade é que seja distribuído ao SUS
atualizado
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Uma nova pesquisa, desenvolvida por cientistas do Instituto de Bioquímica Médica e do campus Duque de Caxias, ambos da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), anunciou, nesta quarta-feira (14/7), uma solução para a falta de acesso da população ao teste PCR para detectar a presença do coronavírus.
Os dois principais fatores que dificultam que os pacientes com suspeita de Covid-19 façam o exame é seu custo elevado, que em alguns lugares chega a R$ 300. Além disso, o resultado pode levar até 48h para ser apresentado.
Formada por cinco cientistas, a equipe da UERJ criou um kit que diagnostica a presença de coronavírus a partir de amostras de saliva e de secreção nasal. Com essa técnica, em menos de uma hora e ao custo de apenas R$ 30, é possível concluir se o Sars-CoV-2 está no organismo.
A criação identifica pedaços do RNA do coronavírus usando um banho-maria a 60º C, pipetas e tubos de ensaio. Durante o estudo, foram realizados exames em amostras de sangue de 60 pacientes. Os resultados revelaram que a invenção é 100% eficaz quando comparada ao tradicional PCR.
O Lamp-COVID-19, nome dado ao teste desenvolvido pelos cientistas, amplifica o genoma viral em menos de meia hora e é capaz de descobrir até dez cópias do vírus considerando uma única amostra.
Esse exame pode ser realizado em lugares com pouca infraestrutura, inclusive em clínicas, e o resultado é conferido de forma colorimétrica, ou seja, a partir da cor exibida pelo material. A amostra fica rosa se o resultado der negativo. Se for positivo, fica amarela.
“Queremos tornar possível a comercialização dos testes, por isso estamos em busca de parceiros que nos ajudem a produzir em larga escala. Nosso Sistema Único de Saúde (SUS) é a meta prioritária, pois dessa forma poderemos contribuir para o maior acesso da população ao diagnóstico e cooperar para o enfrentamento da pandemia em nosso país”, destaca Fabiana Ávila Carneiro, pesquisadora do campus Duque de Caxias da UFRJ e vice-coordenadora da pesquisa, em entrevista à universidade.
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