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Cientistas avançam em vacina universal contra todos os coronavírus

Imunizante pan-coronavírus está em fase de testes laboratoriais com camundongos no Instituto Francis Crick, do Reino Unido

atualizado

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Laboratório Bio-Manguinhos, da Fiocruz, produzirá vacina com RNA para América Latina
1 de 1 Laboratório Bio-Manguinhos, da Fiocruz, produzirá vacina com RNA para América Latina - Foto: Divulgação

Pesquisadores do Instituto Francis Crick, um centro de pesquisa biomédica do Reino Unido, afirmam ter encontrado o caminho para o desenvolvimento de uma vacina universal contra o coronavírus e resfriados comuns. Eles acreditam que a criação do imunizante pode ser a chave para prevenir futuras pandemias.

A vacina experimental pan-coronavírus usa material genético do vírus Sars-CoV-2, causador da Covid-19, para estimular o corpo a produzir anticorpos para atacar uma parte específica da proteína spike do vírus usada para invadir as células.

O imunizante é visto como promissor porque se destina à subunidade S2 da proteína spike, onde as mutações são menos comuns e parece semelhante em todas as famílias do coronavírus. As vacinas atuais, por outro lado, têm como alvo a seção S1, explicam os cientistas.

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A dose de reforço deve ser administrada com um intervalo mínimo de quatro meses após o indivíduo completar o esquema vacinal inicial. A aplicação extra serve para aumentar a quantidade de células de memória e fortalecer, ainda mais, os anticorpos que elas produzem
Especialistas destacam que uma das principais medidas proporcionadas pela dose de reforço consiste na ampliação da resposta imune. A terceira dose ocasiona o aumento da quantidade de anticorpos circulantes no organismo, o que reduz a chance de a pessoa imunizada ficar doente
Aos idosos e aos imunossuprimidos, a dose de reforço amplia a efetividade da imunização, uma vez que esses grupos não desenvolvem resposta imunológica adequada
Outra medida importante é a redução da chance de infecção em caso de novas variantes.  O anticorpo promovido pela vacina é direcionado para a cepa que deu origem à fórmula e, nesse processo, as pessoas também produzem anticorpos que possuem diversidade. Quanto maior o alcance das proteínas que defendem o organismo, maior é a probabilidade que alguns se liguem à variante nova
O diretor da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm) e membro do Comitê Técnico Assessor do Programa Nacional de Imunizações do Ministério da Saúde, Renato Kfouri afirma que o esquema de mistura de vacinas de laboratórios diferentes é uma
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Diante do cenário de pandemia e da ampliação da dose de reforço, algumas pessoas ainda se perguntam qual é a importância da terceira dose da vacina contra a Covid-19

Istock
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A dose de reforço deve ser administrada com um intervalo mínimo de quatro meses após o indivíduo completar o esquema vacinal inicial. A aplicação extra serve para aumentar a quantidade de células de memória e fortalecer, ainda mais, os anticorpos que elas produzem

Rafaela Felicciano/Metrópoles
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Especialistas destacam que uma das principais medidas proporcionadas pela dose de reforço consiste na ampliação da resposta imune. A terceira dose ocasiona o aumento da quantidade de anticorpos circulantes no organismo, o que reduz a chance de a pessoa imunizada ficar doente

Tomaz Silva/Agência Brasil
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Aos idosos e aos imunossuprimidos, a dose de reforço amplia a efetividade da imunização, uma vez que esses grupos não desenvolvem resposta imunológica adequada

Hugo Barreto/Metrópoles
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Outra medida importante é a redução da chance de infecção em caso de novas variantes. O anticorpo promovido pela vacina é direcionado para a cepa que deu origem à fórmula e, nesse processo, as pessoas também produzem anticorpos que possuem diversidade. Quanto maior o alcance das proteínas que defendem o organismo, maior é a probabilidade que alguns se liguem à variante nova

Westend61/GettyImages
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O diretor da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm) e membro do Comitê Técnico Assessor do Programa Nacional de Imunizações do Ministério da Saúde, Renato Kfouri afirma que o esquema de mistura de vacinas de laboratórios diferentes é uma

Rafaela Felicciano/Metrópoles
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Um estudo conduzido pela University Hospital Southampton NHS Foundation Trust, no Reino Unido, mostrou que pessoas que receberam duas doses da AstraZeneca tiveram um aumento de 30 vezes nos níveis de anticorpos após reforço da vacina da Moderna, e aumento de 25 vezes com o reforço da Pfizer

Arthur Menescal/Especial Metrópoles
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As reações à dose de reforço são semelhantes às duas doses anteriores. É esperado que ocorram sintomas leves a moderados, como cansaço excessivo e dor no local da injeção. Porém, há também relatos de sintomas que incluem vermelhidão ou inchaço local, dor de cabeça, dor muscular, calafrios, febre ou náusea

Rafaela Felicciano/Metrópoles
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Vale ressaltar que o uso de três doses tem o principal objetivo de diminuir a quantidade de casos graves e o número de hospitalizações por Covid-19

Vinícius Schmidt/Metrópoles

Testes iniciais foram feitos com camundongos. Depois de o imunizante ser injetado, os pesquisadores coletaram amostras de sangue dos animais para medir os níveis de anticorpos gerados.

Eles descobriram que a fórmula estimulou a criação de uma defesa capaz de combater a cepa original do coronavírus, encontrada em Wuhan, e as variantes Alfa, Beta e Delta. As proteínas também inibiram o coronavírus que causa o resfriado comum (HCoV-OC43).

Em outra etapa da pesquisa, para testar a capacidade dos anticorpos de neutralizar o vírus, os cientistas compararam a resposta de camundongos vacinados e não vacinados expostos a um dos coronavírus quatro dias após o início dos testes. Foram encontradas significativamente menos cópias de vírus no organismo dos imunizados.

“Embora uma potencial vacina S2 não impeça as pessoas de serem infectadas, a ideia é preparar seu sistema imunológico para responder a uma futura infecção por coronavírus”, disse o coautor do estudo e imunologista do Crick, Nikhil Faulkner.

Apesar de a notícia ser promissora, os pesquisadores reconhecem que ainda há um longo caminho para concluir a pesquisa do imunizante contra diferentes coronavírus, incluindo testes com humanos. O estudo foi publicado nessa quarta-feira (27/7), na revista científica Science Translational Medicine,

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