1 de 1 veias e artérias do pescoço
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Com a diminuição de mortes e casos graves da Covid-19 por conta das vacinas, as consequências da infecção pelo coronavírus no organismo do paciente voltam a chamar a atenção da comunidade médica.
Pesquisadores da Universidade de Washington em Saint Louis, nos Estados Unidos, fizeram uma revisão de estudos e alertam que qualquer pessoa recuperada da Covid-19 pode sofrer complicações no ano seguinte à infecção.
Foram analisados os dados de 150 mil pessoas que tiveram Covid-19 para chegar às consequências mais comuns. O risco de ter um ataque cardíaco, por exemplo, é 63% maior para quem já teve a infecção. A chance de doença arterial coronariana sobe para 72%, e para infarto, 52%.
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Sem ter um nome definitivo, o conjunto de sintomas que continua após a cura da infecção pelo coronavírus é chamado de Síndrome Pós-Covid, Covid longa, Covid persistente ou Covid prolongada
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Denominam-se Covid longa os casos em que os sintomas da infecção duram por mais de 4 semanas. Além disso, alguns outros pacientes até se recuperam rápido, mas apresentam problemas a longo prazo
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Um dos artigos mais recentes e abrangentes sobre o tema é de um grupo de universidades dos Estados Unidos, do México e da Suécia. Os pesquisadores selecionaram as publicações mais relevantes sobre a Covid prolongada pelo mundo e identificaram 55 sintomas principais
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Entre os 47.910 pacientes que integraram os estudos, os cinco principais sintomas detectados foram: fadiga, dor de cabeça, dificuldade de atenção, perda de cabelo e dificuldade para respirar
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A Covid prolongada também é comum após as versões leve e moderada da infecção, sem que o paciente tenha precisado de hospitalização. Cerca de 80% das pessoas que pegaram a doença ainda tinham algum sintoma pelo menos duas semanas após a cura do vírus
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Além disso, um dos estudos analisados aponta que a fadiga após o coronavírus é mais comum entre as mulheres, assim como a perda de cabelo
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Especialistas acreditam que a Covid longa pode ser uma "segunda onda" dos danos causados pelo vírus no corpo. A infecção inicial faz com que o sistema imunológico de algumas pessoas fique sobrecarregado, atacando não apenas o vírus, mas os próprios tecidos do organismo
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Por enquanto, ainda não há um tratamento adequado para esse quadro clínico que aparece após a recuperação da Covid-19. O foco principal está no controle dos sintomas e no aumento gradual das atividades do dia a dia
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Também chama a atenção dos cientistas o aumento da quantidade de pacientes com depressão e ansiedade.
“Não é só um vírus respiratório, é um vírus sistêmico que pode provocar danos e consequências clínicas em praticamente todos os órgãos — incluindo transtornos de saúde mental e declínio neurocognitivo”, escrevem os pesquisadores de um dos estudos analisados.