Covid: cientistas alertam para variante com alto número de mutações
Encontrada pela 1ª vez na África, a nova cepa do coronavírus vem sendo indicada como B.1.1.529 e já tem dez casos confirmados em três países
atualizado
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Cientistas alertaram, nesta quinta-feira (25/11), para o surgimento de uma nova variante do coronavírus na África. Por enquanto, a cepa está sendo indicada pela sigla B.1.1.529 e já tem dez casos confirmados em três países – Botsuana, África do Sul e Hong Kong.
Os primeiros casos da variante foram descobertos em Botsuana em 11 de novembro. Três dias depois, novos casos de pacientes infectados pela cepa foram identificados na África do Sul e, em seguida, um paciente que havia viajado à África testou positivo em Hong Kong.
De acordo com os sequenciamentos genéticos realizados, a nova variante tem 32 mutações na proteína spike, parte do coronavírus que faz a ligação com as células para iniciar o ataque ao corpo humano.
Vigilância epidemiológica
Os cientistas acreditam que as mutações podem tornar o vírus potencialmente mais agressivo. “A quantidade incrivelmente alta de mutações na superfície sugere que a variante pode ser uma preocupação real”, afirmou o virologista Tom Peacock, do Imperial College London.
O especialista recomenda que o comportamento da variante seja monitorado, o que significa intensificar a vigilância epidemiológica para impedir a disseminação da cepa.
Fuga de anticorpos
O professor de microbiologia da Universidade de Cambridge, Ravi Gupta, afirmou que identificou duas mutações da nova cepa que podem possibilitar o escape da proteção oferecida pelas vacinas. “Parece certamente uma preocupação significativa”, afirmou ao The Guardian.
No entanto, ele garante que uma propriedade-chave dos vírus é sua capacidade de transmissão, isso foi determinante no caso da variante Delta. No caso da B.1.1.529 , ainda não informações suficientes sobre o assunto.