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Cientistas alertam para dois novos sintomas da varíola dos macacos

Estudo sugere que doença pode apresentar dois sintomas até então não associados ao diagnóstico, e não descartam transmissão assintomática

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imagem de tubos de ensaio sinalizando resultado positivo para varíola dos macacos
1 de 1 imagem de tubos de ensaio sinalizando resultado positivo para varíola dos macacos - Foto: Vinícius Schmidt/Metrópoles

Um novo estudo realizado por cientistas do Reino Unido apontou dois novos sintomas identificados em pacientes contaminados com o vírus monkeypox, da varíola dos macacos, e que ainda não eram associados à doença. A pesquisa foi divulgada nessa quinta-feira (28/7), na revista científica British Medical Journal (BMJ). As características identificadas foram dor na região do ânus e inchaço no pênis.

Outra descoberta do trabalho científico foi que apenas 25% dos infectados relataram ter tido contato com uma pessoa infectada com o vírus. Por isso, os pesquisadores não descartam a possibilidade de transmissão assintomática ou com poucos sintomas.

O estudo foi realizado por pesquisadores da Fundação Guy’s and St Thomas’, do Sistema Nacional de Saúde britânico (NHS). Foram analisados 197 pacientes infectados com varíola dos macacos entre maio e julho, e a média de idade dos voluntários foi de 38 anos.

“Novas apresentações clínicas de infecção por varíola dos macacos foram identificadas, sendo elas dor na região do reto e edema peniano. Essas características devem ser incluídas nas divulgações de saúde pública para ajudar no diagnóstico precoce e diminuir a transmissão posterior”, escreveram os autores do estudo.

Eles destacam que esses sintomas foram os mais comuns em pacientes que precisaram ser internados. Embora nenhum óbito tenha sido registrado no grupo analisado, cerca de 10% dos indivíduos precisou ser hospitalizado para lidar com a gravidade dos sintomas, sendo a maioria edema peniano grave, dor de garganta intensa, inflamação e perfuração na região anal.

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A doença foi diagnosticada pela primeira vez nos seres humanos em 1970. De acordo com o perfil dos pacientes infectados atualmente, maioria homossexual ou homens que fazem sexo com homens (HSH), especialistas desconfiam de uma possível contaminação por via sexual, além de pelo contato com lesões em pessoas doentes ou gotículas liberadas durante a respiração
Segundo o Controle e Prevenção de Doenças dos EUA (CDC),  "qualquer pessoa, independentemente da orientação sexual, pode espalhar a varíola de macacos por contato com fluidos corporais ou itens compartilhados (como roupas e roupas de cama) contaminados"
Inicialmente, a varíola de macacos é transmitida por contato com macacos infectados ou roedores, e é mais comum em países africanos. Antes do surto atual, somente quatro países fora do continente tinham identificado casos na história
Entre os sintomas da condição estão: febre, dor de cabeça, dor no corpo e nas costas, inchaço nos linfonodos, exaustão e calafrios. Também há bolinhas que aparecem no corpo inteiro (principalmente rosto, mãos e pés) e evoluem, formando crostas, que mais tarde caem
O período de incubação do vírus varia de sete a 21 dias, mas os sintomas, que podem ser muito pruriginosos ou dolorosos, geralmente aparecem após 10 dias
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Recentemente, diversos países têm registrado casos de pacientes diagnosticados com varíola de macaco, doença rara causada pelo vírus da varíola símia. Segundo a OMS, a condição não é considerada grave: a taxa de mortalidade é de 1 caso a cada 100. Porém, é a primeira vez que se tornou identificada em grande escala fora do continente africano

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A doença foi diagnosticada pela primeira vez nos seres humanos em 1970. De acordo com o perfil dos pacientes infectados atualmente, maioria homossexual ou homens que fazem sexo com homens (HSH), especialistas desconfiam de uma possível contaminação por via sexual, além de pelo contato com lesões em pessoas doentes ou gotículas liberadas durante a respiração

Lucas Ninno/ Getty Images
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Segundo o Controle e Prevenção de Doenças dos EUA (CDC), "qualquer pessoa, independentemente da orientação sexual, pode espalhar a varíola de macacos por contato com fluidos corporais ou itens compartilhados (como roupas e roupas de cama) contaminados"

Roos Koole/ Getty Images
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Inicialmente, a varíola de macacos é transmitida por contato com macacos infectados ou roedores, e é mais comum em países africanos. Antes do surto atual, somente quatro países fora do continente tinham identificado casos na história

seng chye teo/ Getty Images
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Entre os sintomas da condição estão: febre, dor de cabeça, dor no corpo e nas costas, inchaço nos linfonodos, exaustão e calafrios. Também há bolinhas que aparecem no corpo inteiro (principalmente rosto, mãos e pés) e evoluem, formando crostas, que mais tarde caem

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O período de incubação do vírus varia de sete a 21 dias, mas os sintomas, que podem ser muito pruriginosos ou dolorosos, geralmente aparecem após 10 dias

Melina Mara/The Washington Post via Getty Images
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Por ser uma doença muito parecida com a varíola, a vacina contra a condição também serve para evitar a contaminação

Natalia Gdovskaia/ Getty Images

“A compreensão dessas descobertas terá grandes implicações para o rastreamento de contatos, secretarias de saúde pública e para medidas contínuas de controle e isolamento dos casos de infecções”, os autores afirmaram.

A atualização das orientações de saúde com os novos sintomas é importante para evitar subnotificações e diagnósticos errados da doença. Segundo os cientistas, 14% dos infectados no Reino Unido não se enquadram sequer como caso provável de varíola dos macacos.

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