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Cientistas acham provável gatilho para a esclerose lateral amiotrófica

Pesquisa do King’s College London, na Inglaterra, lança luz para possíveis tratamentos da esclerose lateral amiotrófica (ELA)

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Ilustração colorida de neurônios e nervos - Metrópoles
1 de 1 Ilustração colorida de neurônios e nervos - Metrópoles - Foto: Andriy Onufriyenko/Getty Images

Cientistas do Instituto de Psiquiatria, Psicologia e Neurociência (IoPPN) do King’s College London, na Inglaterra, identificaram um novo biomarcador para a esclerose lateral amiotrófica (ELA). A descoberta, publicada na revista Nature Communications nesta terça-feira (22/11), sugere o que pode ser um provável gatilho da doença e abre uma nova gama de possibilidades de tratamento.

De acordo com o estudo inglês, a perda da proteína de processamento de RNA (a SFPQ) em neurônios motores resulta na destruição do axônio – a parte do neurônio responsável pela conexão e comunicação com o resto do corpo – e, em seguida, na morte da célula nervosa.

A partir da análise da estrutura do peixe-zebra (Danio rerio), os pesquisadores conseguiram explorar o que ocorre dentro dos neurônios motores com carência da proteína SFPQ antes de eles se degenerarem.

Eles descobriram que os RNAs mensageiros (mRNAs) regulados pela proteína SFPQ são apenas parcialmente editados e ficam cortados, mas não são degradados. Ao invés disso, eles se posicionam e se acumulam nos axônios, interferindo em sua função.

É a primeira vez que um estudo mostra a cascata de eventos moleculares em axônios desencadeados pela perda da proteína SFPQ, fortemente associada à ELA.

“Encontrar as mesmas anormalidades de mRNA no mutante SFPQ do peixe-zebra e nos neurônios de pacientes com ELA está abrindo um novo caminho na compreensão do processo neurodegenerativo”, explicou a professora de neurobiologia do desenvolvimento do IoPPN, Corinne Houart, à agência de notícias do King’s College London.

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É comum que, no estágio inicial, os sintomas sejam confundidos com o processo natural do envelhecimento. No entanto, familiares e pessoas próximas devem ficar atentas aos sinais
Também é importante buscar ajuda de médicos, pois quanto mais precoce for o diagnóstico, maiores serão as chances de controlar o caso e retardar o avanço das doenças, bem como aumentar a qualidade de vida dos pacientes
O Parkinson provoca a morte de neurônios que produzem dopamina e desempenham papel importante no sistema locomotor. Os homens são os mais acometidos
Os familiares do paciente devem ficar atentos aos primeiros sinais de lentidão, rigidez muscular e tremores frequentes, que são mais característicos desta condição
O Alzheimer, por sua vez, afeta mais a população feminina. Ele provoca a degeneração e a morte de neurônios, o que resulta na alteração progressiva das funções cerebrais
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O Parkinson, o Alzheimer e a demência são doenças neurodegenerativas que afetam principalmente a população idosa. As condições são progressivas e, com o passar do tempo, o paciente torna-se mais dependente do cuidado de terceiros

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É comum que, no estágio inicial, os sintomas sejam confundidos com o processo natural do envelhecimento. No entanto, familiares e pessoas próximas devem ficar atentas aos sinais

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Também é importante buscar ajuda de médicos, pois quanto mais precoce for o diagnóstico, maiores serão as chances de controlar o caso e retardar o avanço das doenças, bem como aumentar a qualidade de vida dos pacientes

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O Parkinson provoca a morte de neurônios que produzem dopamina e desempenham papel importante no sistema locomotor. Os homens são os mais acometidos

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Os familiares do paciente devem ficar atentos aos primeiros sinais de lentidão, rigidez muscular e tremores frequentes, que são mais característicos desta condição

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O Alzheimer, por sua vez, afeta mais a população feminina. Ele provoca a degeneração e a morte de neurônios, o que resulta na alteração progressiva das funções cerebrais

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As consequências mais recorrentes são o comprometimento da memória, do comportamento, do pensamento e da capacidade de aprendizagem

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A demência é progressiva e os sintomas iniciais bastante conhecidos: perda de memória e confusão são os mais comuns. A condição atinge até 25% das pessoas com mais de 85 anos no Brasil

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Problemas na fala e dificuldade em tomar decisões também estão entre os sinais. Porém, há outros indícios sutis que podem alertar para o desenvolvimento de alguns tipos de doenças degenerativas

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Problemas de visão: um estudo feito no Reino Unido pela UK Biobank mostra que pessoas com degeneração macular relacionada à idade têm 25% mais chance de ter demência

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Perda auditiva: pode estar ligada a mudanças celulares no cérebro. Mas a perda de visão e audição pode levar o idoso ao isolamento social, que é conhecido há anos como um fator de risco para Alzheimer e outras formas de demência

Agência Brasil
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Mudanças de humor: pessoas com quadros iniciais de demência param de achar piadas engraçadas ou não entendem situações que costumavam achar divertidas e podem ter dificuldade de entender sarcasmo

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Problemas na gengiva: pesquisas apontam que a saúde bucal está relacionada a problemas mentais e pode estar ligada também à diabetes tipo 2, pressão alta, colesterol alto, obesidade e alcoolismo — todos também são fatores de risco para a demência

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Isolamento social: o sintoma pode aumentar o risco de doenças neurodegenerativas. A falta de paciência com amigos e familiares e a preferência por ficar sozinho podem ser sinais de problemas químicos no cérebro ou falta de vitaminas

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Outros sinais que podem indicar doenças neurodegenerativas, são: desinteresse pelas atividades habituais, dificuldade em executar tarefas do dia-a-dia, repetir conversas ou tarefas, Desorientação em locais conhecidos e dificuldade de memorização

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Corinne ensina que o controle da diversidade de mRNA nos axônios é essencial para a saúde dos neurônios. “Descobrir as mudanças locais na regulação do mRNA em neurônios afetados pelo envelhecimento ou distúrbios neurológicos proporcionará um grande progresso na resolução desses problemas”, afirma.

ELA

A esclerose lateral amiotrófica (ELA) é uma das principais doenças neurodegenerativas, ao lado do Parkinson e Alzheimer. Ela afeta o sistema nervoso de forma degenerativa e progressiva, acarretando em paralisia motora gradual e irreversível e morte precoce, como resultado da perda de capacidades de fala, movimentação, deglutição e respiração.

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