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Comer chocolate amargo pode reduzir o risco de diabetes tipo 2 em 21%

Estudo realizado por pesquisadores de Harvard acompanhou dados de saúde de 111 mil pessoas ao longo de 25 anos

atualizado

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1 de 1 Imagem mostra barras de chocolate - Foto: Getty Images

Um estudo realizado nos Estados Unidos sugere que o consumo regular de chocolate amargo pode estar associado a uma redução significativa no risco de desenvolver diabetes tipo 2.

Publicada na revista científica BMJ em 04 de dezembro, a pesquisa mostrou que voluntários com o hábito de ingerir cinco porções de chocolate amargo por semana apresentaram um risco 21% menor de ter a doença em comparação com aqueles que consumiam chocolate raramente ou nunca.

O estudo foi conduzido por pesquisadores da Escola de Saúde Pública Harvard TH Chan e envolveu 111.654 profissionais de saúde, em um acompanhamento médio de 25 anos. A pesquisa analisou os hábitos alimentares dos participantes, focando especificamente no consumo de diferentes tipos de chocolate, com ênfase no amargo e no chocolate ao leite.

Consumo de chocolate amargo reduziu o risco de diabetes

De acordo com as informações coletadas, e após ajustes para fatores de risco como dieta e estilo de vida, os participantes que consumiram pelo menos cinco porções semanais de chocolate amargo apresentaram uma taxa significativamente menor de ter diabetes tipo 2. Em contraste, o chocolate ao leite não apresentou os mesmos benefícios, sendo inclusive associado ao ganho de peso a longo prazo.

Os pesquisadores também observaram que o consumo de chocolate amargo também estava relacionado a um menor ganho de peso, o que é um fator de risco importante para o desenvolvimento da doença.

Foto colorida de tabletes de chocolate amargo - Metrópoles
O chocolate amargo é rico em flavonóides, compostos naturais conhecidos por seus benefícios à saúde

Relação com os flavonóis

A principal razão para os benefícios do chocolate amargo está nos flavonóides, compostos naturais encontrados em frutas e vegetais, que estão presentes em grande quantidade no chocolate amargo.

Estudos anteriores já apontaram que esses compostos possuem propriedades antioxidantes e anti-inflamatórias, que ajudam a melhorar a saúde metabólica e a diminuir o risco de doenças, como o diabetes tipo 2.

o chocolate ao leite, por conter mais açúcar e menos flavonóides, não mostrou os mesmos benefícios. Na verdade, o consumo maior de chocolate ao leite foi ligado ao aumento de peso com o tempo, o que, como os pesquisadores destacaram, pode aumentar o risco de diabetes.

Embora os resultados sejam promissores, os autores alertam que o estudo é observacional e não pode confirmar uma relação direta de causa e efeito. Outros fatores que não foram analisados podem ter influenciado os resultados.

Ainda assim, os pesquisadores afirmam que a relação entre o consumo de chocolate amargo e a redução do risco de diabetes tipo 2 é forte o suficiente para merecer mais estudos. “Mais ensaios clínicos randomizados são necessários para replicar essas descobertas e explorar melhor os mecanismos”, afirmaram os pesquisadores no artigo.

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