CFM pede que Anvisa libere o uso de fenol para médicos: “É seguro”
Conselho Federal de Medicina (CFM) enviou carta à Anvisa reclamando que tratamentos de câncer e dores podem ser prejudicados sem o fenol
atualizado
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O Conselho Federal de Medicina (CFM) encaminhou um ofício à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) na última sexta (19/7) pedindo que o fenol volte a ser vendido no Brasil. A substância teve sua comercialização proibida logo após a morte do empresário Henrique Chagas, em 3 de junho.
A manifestação do CFM, apoiada pela Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) e Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP), alega que a restrição “está trazendo sérios prejuízos à assistência de milhares de pacientes no Brasil”. Eles detalham que o peeling de fenol é uma pequena parte do uso desta substância na saúde.
Segundo o conselho, o uso do fenol é seguro e eficaz no tratamento de diversos tipos de câncer, incluindo tumores ósseos e de pele. A substância também é usada para tratamento de hemorroidas internas; controle de sangramentos; manejo de dores crônicas ao destruir fibras nervosas, sendo usada até no tratamento da neuralgia do trigêmeo, que causa a dor que é considerada a pior do mundo.
Quando decidiu restringir a circulação do fenol no Brasil, a Anvisa se apontou que não existiam estudos que comprovassem a eficácia e segurança do produto para uso em procedimentos de saúde em geral ou estéticos.
Para os médicos, porém, o que deveria haver era um controle para garantir que as técnicas usadas sejam seguras. “Não é justificada a sua proibição diante dos benefícios e baixo risco apresentado, desde que o uso seja realizado por médico”, contrapõe o CFM.
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