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“Cenário é otimista, mas pandemia não acabou”, diz diretora da Opas

Número de mortes por Covid caiu 15,2% nos países americanos na última semana. Fim da pandemia, entretanto, depende do contexto mundial

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Carissa Etienne - diretora da OPAS
1 de 1 Carissa Etienne - diretora da OPAS - Foto: Reprodução

A diretora da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), Carissa Etienne, afirmou nesta quarta-feira (20/4) que, apesar de estarmos em um momento de redução de casos e mortes por Covid, a pandemia ainda não chegou ao fim.

“Ainda estamos em uma situação de emergência e os países devem estar prontos para aumentar rapidamente as medidas (de controle do vírus)”, disse Etienne, em coletiva de imprensa sobre a evolução do coronavírus nas Américas.

A representante lembrou que os países têm autonomia para decidir sobre as medidas internas de saúde pública de enfrentamento à Covid-19 – isso, no entanto, não significa que possam decretar o fim da pandemia. Etienne lembrou que o vírus está ressurgindo em alguns países do mundo, como na Ásia, em parte da Europa e no Canadá.

Na quarta-feira (13/4), o comitê de especialistas reunido pela Organização Mundial de Saúde (OMS) para avaliar o cenário decidiu manter o status de pandemia para a emergência de saúde pública provocada pela Covid-19. Os especialistas avaliaram que o coronavírus segue oferecendo risco contínuo de disseminação internacional. Nesta quarta, Etienne reforçou que as características de transmissão do vírus exigem uma resposta internacional coordenada.

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Segundo especialistas, para se ter um controle da doença e conter a disseminação do vírus, é importante testar, cada vez mais, a população
Secretaria de Saúde diz que não faltam testes de Covid-19 no DF
<strong>RT PCR</strong>: considerado “padrão-ouro” pela alta sensibilidade, o teste é usado para o diagnóstico da Covid-19. Ele detecta a carga viral até o 12º dia de sintomas do paciente, quando o vírus ainda está ativo no organismo. O resultado é entregue em, aproximadamente, três dias
O teste utiliza a biologia molecular para detectar o vírus Sars-CoV-2 na secreção respiratória, por meio de uma amostra obtida por swab (cotonete)
<strong>Teste salivar por RT-PCR</strong>: utiliza a mesma metodologia do RT-PCR de swab e conta com precisão de mais de 90% para o diagnóstico da doença ativa. O procedimento deve ser feito nos sete primeiros dias da doença em pacientes com sintomas
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Uma das estratégias de enfrentamento da pandemia de Covid-19 é a vigilância epidemiológica, com o registro e a observação sistemática de casos suspeitos ou confirmados da doença, a partir da realização de testes

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Segundo especialistas, para se ter um controle da doença e conter a disseminação do vírus, é importante testar, cada vez mais, a população

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Secretaria de Saúde diz que não faltam testes de Covid-19 no DF

Breno Esaki/Agência Saúde-DF
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RT PCR: considerado “padrão-ouro” pela alta sensibilidade, o teste é usado para o diagnóstico da Covid-19. Ele detecta a carga viral até o 12º dia de sintomas do paciente, quando o vírus ainda está ativo no organismo. O resultado é entregue em, aproximadamente, três dias

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O teste utiliza a biologia molecular para detectar o vírus Sars-CoV-2 na secreção respiratória, por meio de uma amostra obtida por swab (cotonete)

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Teste salivar por RT-PCR: utiliza a mesma metodologia do RT-PCR de swab e conta com precisão de mais de 90% para o diagnóstico da doença ativa. O procedimento deve ser feito nos sete primeiros dias da doença em pacientes com sintomas

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PCR Lamp ou Teste de antígeno: comumente encontrado em farmácias, o exame avalia a presença do vírus ativo coletando a secreção do nariz por meio de swab. O resultado leva apenas 30 minutos para ficar pronto, por isso, ele é indicado para situações em que o diagnóstico precisa ser rápido

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De acordo com a empresa que fornece o exame, ele possui 80% de confiança. O método empregado no teste é usado também para outras doenças infecciosas, como a H1N1

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Teste de sorologia: revela se o paciente teve contato com o coronavírus no passado. Ele detecta a presença de anticorpos IgM, IGg ou IgA separadamente, criados pelo organismo das pessoas infectadas para combater o Sars-CoV-2, a partir de um exame de coleta de sangue

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O exame deve ser realizado a partir do 10º dia de sintomas. A precisão do resultado é menor do que nos testes do tipo RT-PCR. Além disso, falsos negativos podem aparecer com mais frequência

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Teste rápido: o método é semelhante aos testes de controle de diabetes, com um furo no dedo. A amostra de sangue é colocada em um reagente que apresenta o resultado rapidamente

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O teste imunológico rápido detecta a presença de anticorpos e o resultado positivo sinaliza que o paciente já sofreu a infecção pelo novo coronavírus. A confiabilidade do resultado varia muito, já que o método apresenta alta taxa de falso negativo

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Teste de anticorpos totais: detecta a produção do IgM e IgG no organismo, a partir de um único exame de coleta de sangue, e não faz a distinção dos valores presentes de cada anticorpo. A precisão do resultado chega a 95%

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Teste de anticorpo neutralizante: o procedimento é indicado para a avaliação imunológica. O exame detecta os anticorpos e vê a proporção que bloqueia a ligação do vírus com o receptor da células

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O diretor de emergências de saúde da Opas, Ciro Ugarte, explicou que os países têm autonomia para decretar o fim do estado de emergência em seus territórios. “Se o país tem baixa transmissão comunitária, alta cobertura vacinal, poucas mortes e poucos casos positivos, pode considerar definir o fim do estado de emergência”, afirmou Ugarte.

“Efetivamente, o número de óbitos e casos foram reduzidos aos níveis mais baixos nas últimas semanas, talvez desde o início da pandemia, mas não é o momento para abaixar a guarda. A única forma de chegarmos ao final da fase aguda é ter boa vacinação, vigilância próxima e resposta clínica”, completou.

Cenário otimista

Na última semana, foram registrados 490.527 casos de Covid-19 nos países das Américas, uma queda de aproximadamente 2,3% em relação à semana anterior. As mortes somaram 4.797, queda de 15,2% em comparação com a semana passada.

“A dissociação das taxas de mortalidade e novas infecções é a prova de que as vacinas estão funcionando bem para proteger as pessoas de hospitalizações e mortes por Covid-19”, afirmou Etienne.

Mais de 1,7 bilhão de doses de vacinas contra a Covid-19 foram distribuídas na região das Américas nos últimos 16 meses, segundo os dados da Opas. Mais de dois terços das pessoas na América Latina e no Caribe receberam duas doses das vacinas.

Catorze países das Américas, incluindo o Brasil, já alcançaram a meta da Organização Mundial da Saúde (OMS) de vacinar totalmente 70% das suas populações antes de 30 de junho. “O esforço de vacinação contra a Covid-19 tem sido o maior programa de imunização da história. O sucesso é possível quando países e pessoas trabalham juntas para adotar as vacinas. Muitos países de nossa região têm algumas das taxas de cobertura mais altas do mundo”, continuou a diretora.

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