metropoles.com

Cientistas usam música do Queen para estimular produção de insulina

Pesquisadores suíços conseguiram ativar células modificadas para a produção de insulina quando toca a música We Will Rock You

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
Divulgação/Katja Schubert/ETH Zurich
Foto faz uma montagem com Freed Mercury, do Queen, diante das células produtoras de insulina
1 de 1 Foto faz uma montagem com Freed Mercury, do Queen, diante das células produtoras de insulina - Foto: Divulgação/Katja Schubert/ETH Zurich

Na busca por soluções para pacientes com diabetes, cientistas da Universidade de Zurique, na Suíça, criaram células capazes de liberar insulina a partir de um estímulo bastante peculiar: a música We Will Rock You, da banda Queen.

Os pesquisadores desenvolveram células artificiais que foram injetadas em camundongos. Para poder controlar de fora do corpo quanta insulina elas liberam, foram criados diversos tipos de gatilhos, como o uso de luz e de temperatura, mas os cientistas acreditam que a música seja a melhor resposta.

Eles usaram proteínas da bactéria E. coli para criar uma cápsula que envolve as células. As bactérias já são naturalmente sensíveis a estímulos mecânicos como os das ondas sonoras.

Os pesquisadores descobriram que frequências mais graves de som, como a dos baixos, eram melhores captadas nas cápsulas injetadas no corpo dos animais e começaram a testar músicas para saber quais eram as mais eficientes.

We Will Rock You ficou em primeiro lugar, seguida pela trilha sonora do filme Os Vingadores. Ao “ouvir” as canções, as células foram capazes de liberar a mesma quantidade de insulina induzida pela glicose em pessoas saudáveis.

“É o bastante para cobrir as necessidades típicas de um paciente com diabetes que faz três refeições por dia”, aponta o engenheiro Martin Fussenegger, líder do estudo, em comunicado à imprensa.

A insulina é responsável por ajudar o corpo a processar a glicose que circula no sangue, mas é produzida de forma insuficiente em pessoas com diabetes. Para controlar a condição, os pacientes também devem adotar mudanças de hábito e alimentação, além do uso de medicamentos.

14 imagens
A diabetes surge devido ao aumento da glicose no sangue, que é chamado de hiperglicemia. Isso ocorre como consequência de defeitos na secreção ou na ação do hormônio insulina, que é produzido no pâncreas
A função principal da insulina é promover a entrada de glicose nas células, de forma que elas aproveitem o açúcar para as atividades celulares. A falta da insulina ou um defeito na sua ação ocasiona o acúmulo de glicose no sangue, que em circulação no organismo vai danificando os outros órgãos do corpo
Uma das principais causas da doença é a má alimentação. Dietas ruins baseadas em alimentos industrializados e açucarados, por exemplo, podem desencadear diabetes. Além disso, a falta de exercícios físicos também contribui para o mal
A diabetes pode ser dividida em três principais tipos. A tipo 1, em que o pâncreas para de produzir insulina, é a tipagem menos comum e surge desde o nascimento. Os portadores do tipo 1 necessitam de injeções diárias de insulina para manter a glicose no sangue em valores normais
Já a diabetes tipo 2 é considerada a mais comum da doença. Ocorre quando o paciente desenvolve resistência à insulina ou produz quantidade insuficiente do hormônio. O tratamento inclui atividades físicas regulares e controle da dieta
1 de 14

A diabetes é uma doença que tem como principal característica o aumento dos níveis de açúcar no sangue. Grave e, durante boa parte do tempo, silenciosa, ela pode afetar vários órgãos do corpo, tais como: olhos, rins, nervos e coração, quando não tratada

Oscar Wong/ Getty Images
2 de 14

A diabetes surge devido ao aumento da glicose no sangue, que é chamado de hiperglicemia. Isso ocorre como consequência de defeitos na secreção ou na ação do hormônio insulina, que é produzido no pâncreas

moodboard/ Getty Images
3 de 14

A função principal da insulina é promover a entrada de glicose nas células, de forma que elas aproveitem o açúcar para as atividades celulares. A falta da insulina ou um defeito na sua ação ocasiona o acúmulo de glicose no sangue, que em circulação no organismo vai danificando os outros órgãos do corpo

Peter Dazeley/ Getty Images
4 de 14

Uma das principais causas da doença é a má alimentação. Dietas ruins baseadas em alimentos industrializados e açucarados, por exemplo, podem desencadear diabetes. Além disso, a falta de exercícios físicos também contribui para o mal

Peter Cade/ Getty Images
5 de 14

A diabetes pode ser dividida em três principais tipos. A tipo 1, em que o pâncreas para de produzir insulina, é a tipagem menos comum e surge desde o nascimento. Os portadores do tipo 1 necessitam de injeções diárias de insulina para manter a glicose no sangue em valores normais

Maskot/ Getty Images
6 de 14

Já a diabetes tipo 2 é considerada a mais comum da doença. Ocorre quando o paciente desenvolve resistência à insulina ou produz quantidade insuficiente do hormônio. O tratamento inclui atividades físicas regulares e controle da dieta

Artur Debat/ Getty Images
7 de 14

A diabetes gestacional acomete grávidas que, em geral, apresentam histórico familiar da doença. A resistência à insulina ocorre especialmente a partir do segundo trimestre e pode causar complicações para o bebê, como má formação, prematuridade, problemas respiratórios, entre outros

Chris Beavon/ Getty Images
8 de 14

Além dessas, existem ainda outras formas de desenvolver a doença, apesar de raras. Algumas delas são: devido a doenças no pâncreas, defeito genético, por doenças endócrinas ou por uso de medicamento

Guido Mieth/ Getty Images
9 de 14

É comum também a utilização do termo pré-diabetes, que indica o aumento considerável de açúcar no sangue, mas não o suficiente para diagnosticar a doença

GSO Images/ Getty Images
10 de 14

Os sintomas da diabetes podem variar dependendo do tipo. No entanto, de forma geral, são: sede intensa, urina em excesso e coceira no corpo. Histórico familiar e obesidade são fatores de risco

Thanasis Zovoilis/ Getty Images
11 de 14

Alguns outros sinais também podem indicar a presença da doença, como saliências ósseas nos pés e insensibilidade na região, visão embaçada, presença frequente de micoses e infecções

Peter Dazeley/ Getty Images
12 de 14

O diagnóstico é feito após exames de rotina, como o teste de glicemia em jejum, que mede a quantidade de glicose no sangue. Os valores de referência são: inferior a 99 mg/dL (normal), entre 100 a 125 mg/dL (pré-diabetes), acima de 126 mg/dL (Diabetes)

Panyawat Boontanom / EyeEm/ Getty Images
13 de 14

Qualquer que seja o tipo da doença, o principal tratamento é controlar os níveis de glicose. Manter uma alimentação saudável e a prática regular de exercícios ajudam a manter o peso saudável e os índices glicêmicos e de colesterol sob controle

Oscar Wong/ Getty Images
14 de 14

Quando a diabetes não é tratada devidamente, os níveis de açúcar no sangue podem ficar elevados por muito tempo e causar sérios problemas ao paciente. Algumas das complicações geradas são surdez, neuropatia, doenças cardiovasculares, retinoplastia e até mesmo depressão

Image Source/ Getty Images

Música demais poderia causar overdose de insulina?

Os pesquisadores explicam que não há risco de overdose caso o usuário esteja em um show, boate, ou local onde a música é muito alta. Seria necessário um contato direto com a pele para ativar as células.

Os cientistas acreditam que, caso funcionem em humanos, as células estimuladas pelo som poderiam ser usadas em outras práticas farmacêuticas que envolvem aplicações contínuas de hormônios ou proteínas.

Receba notícias do Metrópoles no seu Telegram e fique por dentro de tudo! Basta acessar o canal: https://t.me/metropolesurgente.

Compartilhar notícia

Quais assuntos você deseja receber?

sino

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

sino

Mais opções no Google Chrome

2.

sino

Configurações

3.

Configurações do site

4.

sino

Notificações

5.

sino

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comSaúde

Você quer ficar por dentro das notícias de saúde mais importantes e receber notificações em tempo real?