1 de 1 Foto colorida de grupo de pessoas mexendo em celular - Metrópoles
- Foto: Getty Images
Uma pesquisa apoiada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e publicada nesta terça-feira (3/9) na Environment International derrubou o mito de que o uso de celulares pode aumentar o risco de câncer. O estudo aponta que mesmo os aparelhos de longo alcance, que emitem ondas altas de radiofrequência, são inofensivos.
A conclusão é fruto de uma revisão de estudos feita na Universidade de Auckland, na Nova Zelândia, analisou 63 estudos feitos em 22 países e publicados de 1994 a 2020. Ao todo, foram avaliadas 119 combinações de radiofrequência e seus impactos em células tumorais de cânceres de cérebro, meninges, nervo acústico, leucemias e glândulas pituitária e salivar.
“É natural que uma tecnologia que se difundiu tão rapidamente tenha levantado suspeitas no início, mas descobrimos que o risco não é real. Não encontramos riscos aumentados de câncer mesmo em relação a transmissores de rádio ou TV ou estações base de sinal de celular”, explica o epidemiologista Mark Elwood, coautor do estudo, em comunicado à imprensa.
Celular anteriormente era possivelmente cancerígeno. O que mudou?
Um parecer da própria OMS de 2015 havia sido a base para boa parte deste mal-entendido. Uma análise feita há quase 10 anos pela Agência Internacional de Pesquisa sobre Câncer (IARC) tinha considerado o celular possivelmente cancerígeno, a mesma categoria em que os adoçantes entraram no ano passado.
Nesta categoria estão os itens para os quais os estudos não são conclusivos sobre eventuais malefícios ou benefícios. Na época, se acreditava que o campo magnético criado pelos aparelhos deveria ser estudado mais a fundo para entender as possíveis ligações deles com os cânceres cerebrais de pessoas que tinham passado a usar seus telefones móveis com mais frequência.
De lá para cá, porém, os celulares só se tornaram mais frequentes e são hoje um item quase indispensável para a vida urbana. Os casos de câncer, no entanto, não acompanharam essa curva ascendente.
Essa descoberta foi o principal fator para a OMS reconsiderar a inclusão do celular na lista de itens potencialmente tumorais.
Além dos celulares, o trabalho avaliou os efeitos da radiofrequência usada em TVs, babás eletrônicas, radares, rádios e torres de transmissão, não encontrando risco nem mesmo para crianças ou para trabalhadores que frequentemente se expõe a altas frequências.
A única frequência de uso comum não-analisada, devido à sua introdução recente, é a de redes 5G. Mas os pesquisadores acreditam que, por ser ainda mais sofisticada, é improvável que ela represente uma ameaça quando as tecnologias anteriores não o foram.
10 imagens
1 de 10
Segundo o Instituto Nacional de Câncer, para cada ano do triénio 2020/2022 serão registrados cerca de 625 mil casos da doença no Brasil
Science Photo Library - STEVE GSCHMEISSNER, Getty Images
2 de 10
Extremamente comum no país, o câncer de pele é caracterizado pelo aparecimento de tumores na pele em formato de manchas ou pintas com formatos irregulares. Relacionada à exposição prolongada ao sol, exposição a câmeras de bronzeamento artificial ou por questões hereditárias, a doença pode ser tratada através de cirurgias, radioterapia e quimioterapia
miriam-doerr/istock
3 de 10
O câncer de mama é causado pela multiplicação descontrolada de células na mama. Apesar de ser comum em mulheres, a enfermidade também pode acometer homens. Entre os sintomas da doença estão: dor na região da mama, nódulo endurecido, vermelhidão, inchaço e secreção sanguinolenta. O tratamento envolve cirurgia para retirada da mama, quimio, radioterapia e hormonioterapia
SCIENCE PHOTO LIBRARY/Getty Images
4 de 10
Mais frequente em homens, o câncer de próstata apresenta os seguintes sintomas: sangue na urina, dificuldade em urinar, necessidade de urinar várias vezes ao dia e a demora em começar e terminar de urinar. Cirurgia e radioterapia estão entre os tratamentos da doença
Getty Images
5 de 10
Embora possa estar relacionado com hipertireoidismo, tabagismo, alterações dos hormônios sexuais e diabetes, por exemplo, o câncer de tireoide ainda não é bem compreendido por especialistas. Apesar disso, tratamentos contra a doença envolvem terapia hormonal, radioterapia, iodo radioativo e quimioterapia, dependendo do caso
getty images
6 de 10
O câncer de pulmão é um dos tipos com maior incidência no Brasil. Relacionado ao uso ou exposição prolongada ao tabagismo, tem como principais sintomas a falta de ar, dores no peito, pneumonia recorrente, bronquite, escarro com sangue e tosse frequente. A doença é tratada com quimioterapia, radioterapia ou/e cirurgia
BSIP / getty images
7 de 10
No Brasil, o carcinoma epidermoide escamoso tem a maior incidência entre os canceres de estômago. Os tratamentos envolvem cirurgia ou radioterapia e quimioterapia
iStock
8 de 10
O câncer de estômago é diagnosticado após a identificação de tumores malignos espalhados pelo órgão e que podem aparecer como úlceras. Relacionado à infecções causadas por Helicobacter Pylori, pela presença de úlceras e de gastrite crônica não cuidada, por exemplo, a doença pode causar vômito com sangue ou sangue nas fezes, dor na barriga frequente e azia constante
Smith Collection/Gado/ Getty Images
9 de 10
O câncer de colo de útero tem como sintomas sangramento vaginal intermitente, dor abdominal relacionada a queixas intestinais ou urinárias e secreção vaginal anormal. O tratamento envolve quimio, radioterapia e cirurgia
Science Photo Library/GettyImages
10 de 10
O câncer de boca é uma doença que envolve a presença de tumores malignos nos lábios, gengiva, céu da boca, língua, bochechas e ossos. É mais comum em homens com mais de 40 anos e tem como sintomas feridas na cavidade oral, manchas na língua e nódulos no pescoço, por exemplo. O tratamento envolve cirurgia, quimio e radioterapia
Pexels
Siga a editoria de Saúde no Instagram e fique por dentro de tudo sobre o assunto!