Casos de meningite sobem 16% no DF e governo faz campanha de vacinação
Boletim epidemiológico recém-divulgado aponta crescimento de casos e de mortes por meningite no DF. Entenda o que é a doença
atualizado
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O DF viveu um aumento de 16% dos casos de meningite entre 2022 e 2023. O número de confirmações da doença subiu de 92 no ano anterior para 107 este ano, mostra boletim epidemiológico divulgado pela Secretaria de Saúde do DF na segunda-feira (13/5).
O aumento observado também se reflete na quantidade de mortes relacionadas à doença, que passou de 12 para 14. O aumento de casos de meningite é uma tendência que já vem sendo observada nos últimos anos em Brasília: em 2020 eram 69 casos confirmados, em 2021 foram 82. A taxa de casos por 100 mil habitantes na capital subiu de 2,3 para 3,4 casos nos últimos 4 anos.
A meningite é uma doença que pode ter origens virais ou bacterianas. Ela atinge as membranas que revestem o cérebro e os principais sintomas são dor de cabeça, febre, vômitos e rigidez no pescoço. Em 10% dos casos, a doença leva a mortes e em 20% dos sobreviventes causa graves consequências de saúde, como surdez parcial ou total, paralisia motora e danos neurológicos.
Vacinas podem combater a meningite
Dado o aumento, a Secretaria de Saúde reforçou o pedido para que os pais levem as crianças para atualizar o cartão de vacinas, já que vários imunizantes são capazes de combater potenciais casos de meningite.
São aplicadas pelo SUS (Sistema Único de Saúde) a vacina BCG, logo ao nascer, que protege da meningite tuberculosa, a pentavalente, que combate casos de meningite viral com 3 doses dos 2 meses de idade aos 6 meses, além das vacinas meningocócicas.
É aplicada a meningocócica C em 3 doses (1ª dose aos 3 meses de idade; 2ª dose aos 5 meses de idade e reforço aos 12 meses de idade) e a vacina meningocócica ACWY, que foi incorporada pelo SUS em 2020, para adolescentes de 11 a 14 anos de idade.
Quanto a este último imunizante, no ano passado, apenas 35% dos brasilienses que poderiam tê-la recebido haviam sido vacinados, menos da metade da meta, que é de 80%.
“Com a tendência de redução de casos nos últimos anos, graças à vacinação, a população passou a temer menos a meningite; mas estamos falando de uma doença grave e potencialmente fatal. Portanto, ainda que o número tenha diminuído, é fundamental lembrar que, quando ela surge, o impacto é grande”, afirma a médica Anna Viegas, referência técnica distrital (RTD) da vigilância das meningites da SES-DF.
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