Casos de malária no Brasil caíram 19,1% em um ano
Boletim epidemiológico divulgado pelo Ministério da Saúde indica redução nos casos da doença entre 2018 e 2019
atualizado
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Os registros de casos de malária no Brasil caíram 19,1% quando comparados os anos de 2018 e 2019. Ao todo, foram notificados 157.454 casos em 2019 contra 194.572 no ano anterior. As informações constam do mais recente boletim epidemiológico sobre o assunto publicado pelo Ministério da Saúde na quinta-feira (3/12).
Houve, ainda, uma queda de 15,1% entre os casos autóctones (pessoas que contraíram a infecção no Brasil) com relação ao primeiro semestre dos anos de 2019 e 2020, segundo dados preliminares. De 2018 a 2019, a queda foi de 18,4%, passando de 187.757 casos autóctones registrados em 2018 para 153.296 computados em 2019.
O Distrito Federal não registrou nenhum caso autóctone da doença no período de janeiro a junho de 2019, mas um caso foi detectado no mesmo período deste ano.
Somente os estados de Mato Grosso (64,5%), Rondônia (27,7%) e Roraima (18,8%) registraram aumento no número de casos de malária no Brasil. A região Amazônica é a que mais sofre com a malária, concentrando 99,9% das infecções, segundo o boletim.
Cerca de 80% d0s casos da doença foram detectados em 41 municípios da região em 2019, sendo 16 deles localizados no Amazonas (39%); oito, no Pará (19,5%); sete, em Roraima (17,1%); quatro, no Amapá (9,8%); três, no Acre (7,3%); dois, em Rondônia (4,9%) e um, no Mato Grosso (2,4%).
Infecções importadas
O documento afirma ainda que o Brasil registrou 4.117 casos de malária importados em 2019, nestes casos, as infecções ocorreram no exterior mas os pacientes são contabilizados aqui. O número representa 2,6% dos casos notificados no país. Nesta categoria, foram identificados pacientes provenientes da Venezuela (2.658 casos – 64,6%), Guiana Inglesa (655 casos – 15,9%), Guiana Francesa (236 – 5,7%), Bolívia (230 casos – 5,6%) e Peru (172 casos – 4,2%).
Cerca de 94,3% dos casos importados (3.783 casos) foram notificados em Roraima, Amazonas, Maranhão, Acre e Rondônia. Roraima concentrou 66,7% dos casos importados, com 2.745 infecções.