Casos de infecção sexual que apodrece a pele crescem no Reino Unido
A donovanose causa feridas na região genital, que podem evoluir para úlceras quando não são tratadas
atualizado
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Os casos de donovanose, infecção sexualmente transmissível (IST) rara que causa feridas na pele e pode evoluir para o apodrecimento dos tecidos, estão aumentando na Inglaterra, segundo alertam médicos do país.
Antes da pandemia de Covid-19, dados do Public Health England (PHE) mostravam que as ocorrências da infecção haviam passado de 19, em 2016, para 30, em 2019. Com o fim do isolamento social, especialistas em saúde pública se preocupam com um possível aumento de casos.
A donovanose, também conhecida como granuloma venéreo ou granuloma inguinal, é uma infecção causada pela bactéria Klebsiella granulomatis. A transmissão ocorre pelo sexo desprotegido com uma pessoa infectada.
Ela provoca feridas nas regiões da genitália, da virilha e do ânus, que podem evoluir para úlceras com mau cheiro, além de caroços de cor vermelha que crescem e podem sangrar. Os sintomas surgem entre 30 dias e seis meses após o contato sexual.
“É mais provável que afete os homens. Além dos sintomas horríveis, é importante que as pessoas saibam que é um conhecido fator de risco para a transmissão do HIV”, disse a médica Shree Datta, obstetra e ginecologista da London MyHealthcare Clinic, ao jornal britânico Mirror.
O tratamento é feito com antibióticos prescritos por um médico urologista ou ginecologista. Além disso, os pacientes devem usar preservativos nas relações sexuais para prevenir novas infecções. “O uso de preservativos reduz significativamente o risco de contrair a doença, embora ela possa ser tratada com antibióticos”, apontou a médica.