Caso suspeito no Brasil: veja o que já se sabe sobre coronavírus
Cepa nova já é responsável por 17 mortes e mais de 440 casos confirmados ao redor do mundo. Sintomas são semelhantes ao de uma pneumonia
atualizado
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Com o primeiro caso suspeito identificado no Brasil, mais de 440 casos confirmados ao redor do mundo e 17 mortes, o novo coronavírus que surgiu na China tem alertado a comunidade internacional.
A doença tem sintomas semelhantes ao de uma pneumonia, como nariz entupido, garganta irritada e febre. Os coronavírus são uma família comum e bem conhecida mundialmente desde a década de 1960. O novo vírus é uma variação inédita e foi identificado no começo de 2020.
O vírus pode ser transmitido de pessoa a pessoa, pela saliva. Segundo Jeremy Farrar, um especialista em doenças infecciosas e epidêmicas, o coronavírus provavelmente se desenvolveu em animais por anos até se adaptar para infectar humanos. O vírus é semelhante ao Sars (que foi responsável pela morte de mais de 800 pessoas entre 2002 e 2003), HIV e Ebola.
Roedores e ratos são mortos e vendidos em mercados abertos na cidade de Wuhan, que é considerada o centro da epidemia, e podem ser responsáveis pelo contágio humano. Pessoas que encostaram em fluídos dos animais infectados podem ter adquirido o vírus, que agora se espalha rapidamente pelo país asiático e alguns vizinhos.
Já foram confirmados casos nos Estados Unidos, Macau, Japão, Tailândia, Taiwan e Coreia do Sul. México, Hong Kong, Filipinas e Austrália lidam com casos suspeitos. Uma das preocupações sobre a disseminação do vírus pelo mundo é que a crise acontece durante o feriado do ano novo chinês, quando milhares de pessoas viajam para a China ou saem de lá para escapar das multidões.
Nesta quarta-feira (22/01/2020), a Secretaria de Saúde de Minas Gerais informou que investiga o caso de uma paciente que apresenta sintomas compatíveis com a doença. Ela esteve em Xangai e relata não ter tido contato com pessoas infectadas pelo vírus.
A Organização Mundial de Saúde (OMS) deve se reunir nesta quarta-feira (22/01/2020) em Genebra, na Suíça, para decidir se decreta “emergência de saúde pública de interesse internacional”, um alerta feito em casos raros de epidemia internacional. O órgão já usou a nomenclatura em casos como o da zika (2016) e da gripe suína (2009).
Já a Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS) emitiu um alerta aos países-membro sobre a doença, recomendando que profissionais de saúde se informem sobre sintomas e tratamentos. Também pede que os sistemas de saúde “revisem as ações consideradas em resposta à disseminação do SARS-CoV em 2003, adaptando-as e adotando as que são proporcionais ao risco atual”.
A OPAS também encoraja os países a fortalecerem atividades de vigilância. O comunicado foi feito após o primeiro caso ser confirmado nos Estados Unidos.