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Caso raro: americana acorda com sotaque russo após cirurgia nas costas

Mulher de 39 anos foi diagnosticada com síndrome do sotaque estrangeiro. Causa do problema ainda não está esclarecida

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Abby Fender/ Redes sociais
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1 de 1 Imagem colorida: mulher de casaco verde dentro de carro - Metrópoles - Foto: Abby Fender/ Redes sociais

A americana Abby Fender, 39 anos, levou um susto ao não reconhecer a própria voz depois de passar por uma cirurgia de hérnia de disco. A cantora, natural do Texas, acordou falando inglês com sotaque do leste europeu. O caso raríssimo foi diagnosticado como síndrome do sotaque estrangeiro.

O distúrbio faz com que o paciente passe a usar um sotaque diferente da língua nativa. Em alguns casos, o problema aparece acompanhado por disartria, afasia e apraxia da fala, que são mudanças na forma como a pessoa pronuncia palavras, organiza frases e escolhe o vocabulário.

Em um vídeo compartilhado nas redes sociais, Abby conta que acordou com as cordas vocais fracas, falando em um tom muito diferente do seu natural. Depois de recuperar a voz, ela passou por semanas em que falava com sotaque russo, ucraniano, britânico e australiano.

“Acordei da minha cirurgia e imediatamente soube que algo estava muito errado com a minha voz, já que não conseguia emitir nenhum som. Logo, comecei a sentir o tom da minha voz ficar muito alto. Era como seu tivesse a ‘voz de uma Minnie Mouse russa’. Eu soava como um personagem de desenho animado o tempo todo”, lembra.

A síndrome do sotaque estrangeiro geralmente é causada por alguma lesão cerebral traumática, como um acidente vascular cerebral (AVC), aneurisma ou uma condição do sistema nervoso. Também pode ser desenvolvida como consequência de distúrbios psicológicos, traumas e câncer.

Ainda sem explicação

Uma bateria de exames, incluindo ressonâncias magnéticas e tomografias, foi realizada em Abby para tentar identificar o que a levou a ter o distúrbio de fala, mas os médicos não conseguiram chegar a uma conclusão.

Depois de sessões de fonoaudiologia, a cantora conseguiu relaxar os músculos do pescoço o suficiente para recuperar o tom de voz normal e consegue usar o sotaque texano em conversas curtas, mas, vez ou outra, ainda se pega falando com o sotaque de uma pessoa do leste europeu.

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