Caso Pelé: entenda o que é o câncer de cólon e os seus sintomas
Ex-jogador foi internado nessa terça (29/11). Ele trata o câncer desde 2021, mas não a quimioterapia não está tendo o efeito esperado
atualizado
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O ex-jogador de futebol Pelé, 82 anos, foi internado no Hospital Albert Einstein de São Paulo na terça-feira (29/11) para reavaliar o tratamento que recebe para combater um câncer de cólon, também chamado de colorretal ou de intestino.
O câncer de cólon é um dos tumores que afetam o aparelho digestivo e ocorre na região do intestino grosso que antecede o reto.
De acordo com o boletim médico divulgado pelo na tarde desta quarta-feira (30/11), Pelé está internado em uma unidade semi-intensiva e apresenta um quadro estável.
Fatores de risco
Ainda não se sabe exatamente quais são as causas do câncer de cólon, mas alguns fatores de risco influenciam o desenvolvimento, tais como:
- Má alimentação – há evidências de que esse tipo de câncer está associado a dietas gordurosas, hipercalóricas, pobres em fibras e com excesso de carne vermelha e/ou processada;
- Constipação intestinal – o contato das fezes com as paredes do cólon e do reto por períodos prolongados aumenta as chances de desenvolver a doença;
- Pólipos – são um tipo de crescimento anormal de tecido nas paredes colorretais, como se fossem verrugas. Costumam aparecer após os 50 anos de idade e, apesar de benignos, deveriam ser retirados por precaução, pois um grande número de tumores se desenvolve a partir deles. Pessoas com essa condição devem fazer acompanhamento regular com o médico;
- Histórico familiar – apesar da maioria dos casos de câncer colorretal ocorrer sem histórico familiar, 30% das pessoas que desenvolvem têm outros familiares que foram acometidos pela doença. Pessoas com histórico de câncer ou pólipos em parentes de primeiro grau têm risco aumentado;
- Doenças inflamatórias – pessoas com doença de Crohn e colite ulcerativa, por causa da inflamação nas paredes colorretais, têm mais risco de desenvolver o câncer. Deve ser feito acompanhamento regular com o médico;
- Doenças hereditárias – correspondem a apenas 5% dos casos de câncer colorretal. São pessoas que herdaram mutações genéticas que causam a doença. As mais comuns são: síndrome de Lynch e polipose adenomatosa familiar. Outras, mais raras, são síndrome de Gardner, síndrome de Turcot, síndrome de Peutz-Jeghers e polipose MUTYH. Pessoas com alguma dessas condições devem fazer acompanhamento regular com o médico.
Sinais e sintomas
Para um diagnóstico precoce, que aumente as possibilidades de tratamento, é importante estar atento a alguns sinais e sintomas. Os principais são:
- Mudança injustificada de hábito intestinal;
- Diarreia ou prisão de ventre recorrentes;
- Sangue nas fezes (pode ser de coloração clara ou escura);
- Evacuações dolorosas;
- Afinamento das fezes;
- Constante flatulência (gases);
- Desconforto gástrico;
- Sensação de constipação intestinal;
- Perda injustificada de peso;
- Cansaço constante.
Colonoscopia como prevenção
A colonoscopia é o exame mais importante no rastreio de tumores no intestino e na verificação da saúde do cólon e reto. É usado um colonoscópio, um tubo fino e flexível com uma lâmpada e câmera na ponta, que é inserido pelo ânus com o paciente sedado.
O exame é recomendado para pessoas que tenham sintomas como sangramento nas fezes, diarreia, intestino preso e dor abdominal. Em quem não apresenta nenhum sinal de origem intestinal, a recomendação é fazer o exame a partir dos 45 anos e repeti-lo a cada década, de acordo com o hospital A.C. Camargo, em São Paulo.
Indivíduos com histórico familiar do câncer de intestino devem fazer o exame com mais frequência, de acordo com a recomendação médica.
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