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Governo de MG se pronuncia sobre possível caso de vaca louca no estado

Homem de 78 anos está internado em Carantiga com suspeita de doença da vaca louca. Secretaria de saúde acredita que caso seja de doença rara

atualizado

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Foto mostra vaca em campo, vaca louca, gado
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A Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) publicou nesta terça-feira (12/11) uma nota à imprensa descartando que o caso de um homem de 78 anos internado em Caratinga tenha sido causado pela doença da vaca louca. A condição é causada quando a carne de gado diagnosticado com encefalopatia espongiforme bovina (EEB) é consumida por humanos.

A SES acredita que o idoso tenha um tipo de doença de Creutzfeldt–Jakob (DCJ). A condição pode ser desenvolvida após o contato com o alimento contaminado (sendo conhecida como vDCJ), ou não. Ambas são consideradas raras, e têm causas e sintomas parecidos, mas a DCJ não parece ser transmissível entre humanos.

A vDCJ é transmitida por um príon (um agente infeccioso menor que um vírus) encontrado em carne contaminada. Ele atinge o cérebro e deteriora o órgão, que fica com aparência semelhante à de uma esponja. Já a DCJ esporádica, que é responsável por 85% dos casos, ainda é um mistério para a ciência: até hoje, não se sabe como ela é desencadeada.

Os sintomas da doença de Creutzfeldt–Jakob, seja causada pelo príon ou não, são parecidos com os do Alzheimer, mas em uma velocidade de progressão muito maior. Em 90% dos casos, os pacientes vivem menos de um ano.

A secretaria de saúde de Minas Gerais acredita que o caso do idoso seja esporádico, uma vez que não foram encontradas provas de transmissão (ingestão ou contato com carne contaminada) — ele passou, inclusive, por uma avaliação de líquido cerebral recolhido em em biópsia. Porém, o diagnóstico definitivo, para diferenciar os dois tipos da doença, só pode ser feito em um exame post mortem.

“A suspeita do caso investigado não está relacionada à vDCJ. A doença acomete predominantemente pessoas jovens, abaixo dos 30 anos, o que não é o caso do paciente em questão”, afirma a SES. “O risco de contaminação dessa doença [vaca louca em humanos] é classificado como insignificante pela Organização Mundial de Saúde Animal (Omsa)”, completa a nota do governo mineiro.

O que é a doença da vaca louca?

A doença da vaca louca leva a alterações no controle dos movimentos e no comportamento. Até hoje, o Brasil não registrou casos em humanos e o último animal confirmado com EEB foi identificado em 2023 em uma pequena propriedade de Marabá (PA). Ele foi prontamente abatido.

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