Caroço na vagina: conheça 7 possíveis causas e saiba como tratar
As mulheres devem ficar atentas aos sintomas que acompanham os caroços que surgem na vagina para um diagnóstico correto
atualizado
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O surgimento de caroços na vagina pode ter diversas causas. A maioria delas não é grave, mas vale a pena dar uma atenção especial para as bolinhas na região genital quando elas aparecem acompanhadas de sintomas como coceira, queimação ou dor.
Na maioria dos casos, o caroço na vagina é o resultado de uma inflamação nas glândulas de Bartholin e de Skene, estruturas que ajudam a lubrificar o canal vaginal.
Quando as alterações demoram mais de uma semana para desaparecer ou causam desconforto, é indicado que a paciente procure orientação de um ginecologista para fazer o diagnóstico correto.
Confira outras 7 possíveis causas de caroço na vagina:
1. Pelo encravado ou foliculite
A depilação dos pelos com cera, pinça ou lâmina aumenta o risco de a mulher desenvolver pelo encravado na região. Ele pode levar ao aparecimento de uma pequena espinha ou caroço avermelhado ou com o centro esbranquiçado devido ao acúmulo de pus.
O que fazer:
O correto é esperar que o pus seja reabsorvido pelo corpo e não espremer a espinha para evitar infecções. Pode-se aplicar uma compressa quente na região e evitar usar calcinhas apertadas. Caso a dor piore ou a região fique inchada ou quente, deve-se ir ao ginecologista para avaliar a necessidade de usar uma pomada antibiótica.
2. Espinhas na vagina
Embora seja incomum, as espinhas também podem aparecer na virilha, vulva, entrada da vagina e nos grandes ou pequenos lábios, causando dor e desconforto para a mulher.
O que fazer:
Em alguns casos, pode ser indicado o uso de pomada à base de corticoide e banho de assento com flogo-rosa, que tem ação analgésica e anti-inflamatória. Nos casos mais graves, os médicos podem indicar o uso de antibiótico.
As espinhas nunca devem ser espremidas para evitar o risco de inflamação e infecção.
3. Furúnculo
O furúnculo é uma infecção da pele geralmente causada pela bactéria Staphylococcus aureus, que acomete o pelo, a glândula sebácea e o tecido ao redor. Ele pode aparecer na virilha, nos grandes lábios ou na entrada da vagina, inicialmente com um pelo encravado, propiciando a entrada de bactérias que se proliferam na região.
O principal sintoma, de acordo com o Ministério da Saúde, é o aparecimento de uma lesão endurecida na pele, semelhante a uma espinha, avermelhada, quente e dolorosa com acúmulo de pus.
O que fazer:
O tratamento pode ser feito em casa, com compressa morna e uso de pomadas antibióticas para evitar que o furúnculo piore. O médico também pode indicar antibióticos em comprimidos ou fazer um pequeno corte local para eliminar o pus.
4.Herpes genital
A herpes genital é uma infecção sexualmente transmitida (IST) causada pelo herpes vírus tipo 2 (HSV-2). Ela pode levar ao aparecimento de vesículas, bolhas e úlceras na pele, além de lesões nas mucosas dos órgãos genitais.
O que fazer:
Não existe um tratamento específico para a herpes genital, uma vez que o vírus precisa ser combatido pelo sistema imune. Por isso, é indicado que a paciente mantenha uma alimentação saudável, tente ter boas noites de sono e reduza o estresse. Deve-se evitar expor a ferida ao sol, estourar as bolhas e ter relações sexuais durante uma crise de herpes.
5. Verrugas genitais
As verrugas genitais são causadas pelo papilomavírus humano (HPV), uma IST transmitida pelo contato íntimo desprotegido. Além de pequenos caroços na vagina, a mulher pode desenvolver lesões visíveis semelhantes a uma couve-flor, causando coceira ou queimação local.
O que fazer:
Não existe um tratamento para a cura das verrugas genitais, porém elas podem ser removidas com intervenções como a crioterapia, microcirurgia ou aplicação de ácido, por exemplo.
O tratamento de HPV é indicado de acordo com cada caso, podendo ser químico, cirúrgico ou estimulador da imunidade.
6. Cisto vaginal
Os cistos vaginais são bolinhas de ar ou líquido formadas nas paredes do canal vaginal. Geralmente são provocados por lesões durante as relações sexuais ou pelo acúmulo de líquidos nas glândulas. Eles não costumam causar sintomas, mas podem ser sentidos como caroços ou nódulos no interior da vagina.
Um tipo muito comum é o cisto de Gartner, que costuma aparecer depois da gravidez devido ao acúmulo de líquido dentro de um canal que se desenvolve durante a gestação.
O que fazer:
Na maioria dos casos, é indicado apenas o monitoramento do crescimento dos cistos com exames de rotina no ginecologista.
7. Varizes na vulva
Embora sejam raras, as varizes também podem aparecer na região vaginal após o parto ou com o envelhecimento natural. Em alguns casos, podem surgir caroços indolores, com coloração ligeiramente roxa. Eles podem ser acompanhados por coceira, formigamento ou desconforto.
O que fazer:
Quando as varizes aparecem em mulheres grávidas, geralmente não é necessário fazer tratamento, pois elas tendem a desaparecer após o parto. Nos outros casos, caso cause incômodo, a paciente pode passar por uma pequena cirurgia para fechar o vasinho e corrigir as varizes.
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