Carnaval: quanto de álcool é seguro beber?
A OMS recomenda uma quantidade limite de ingestão de álcool para homens e mulheres
atualizado
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Além das marchinhas e bloquinhos, o consumo de álcool é um dos principais protagonistas do Carnaval. No entanto, no calor do momento, muita gente esquece é que a bebida é considerada uma droga, faz mal para a saúde e precisa ser consumida com moderação. Mas será que existe uma quantidade segura de álcool para beber em festas?
A Organização Mundial da Saúde (OMS) tem uma escala de consumo de álcool para medir o risco de um paciente desenvolver dependência alcoólica ou demais danos à saúde, de acordo com o médico Ábner Prado, do Instituto de Neurologia de Goiânia. Essa escala é medida em unidades.
O número é diferente para homens e mulheres devido às particularidades de cada organismo. Segundo o clínico, também há distinção quando se leva em consideração a quantidade semanal ou episódica, isto é, se a pessoa tomou todo o álcool em um dia só — como no Carnaval, por exemplo.
“Para homens, considera-se 21 unidades de álcool por semana, o equivalente a 12 latas de cerveja. Já para mulheres, o limite seguro é de 14 unidades, que corresponde a oito latas por semana”, explica.
Prado acrescenta que, se for contabilizada a ingestão de álcool por ocasião, a quantidade limite para homens é de dez unidades, o que corresponde a cinco latas de cerveja. Para as mulheres, o limite é de sete unidades por dia (quatro latas).
Quanto de vinho e destilados posso beber?
É claro que a quantidade de bebida varia conforme o teor alcoólico, como em taças de vinho e doses de destilado. De acordo com o médico, cada 90 ml de vinho equivale a 1,1 unidade de álcool. Já uma dose de destilado, cerca de 35 ml, corresponde a duas unidades.
Prado lembra que, para pessoas que vão dirigir ou operar máquinas, por exemplo, não existe quantidade segura: elas não devem ingerir nem um gole de bebida alcoólica.
O que fazer caso exagerar na bebida?
No momento da emoção (e depois de algumas doses), pode ser difícil controlar a ingestão de álcool e acabar exagerando na bebida. Nesse caso, a conta chega no dia seguinte, e os sintomas da ressaca não demoram a aparecer.
A clínica médica Patrícia Maira, do Hospital Anchieta, de Brasília, explica que a ressaca acontece devido ao acúmulo de substâncias tóxicas do álcool no fígado, podendo provocar alguns sintomas como:
- Dor de cabeça;
- Enjoo;
- Mal-estar generalizado;
- Dor no corpo e no estômago;
- Desidratação;
- Falta de apetite;
- Tremores;
- Suor;
- Sono em excesso.
Patrícia recomenda que, em caso de ressaca, a pessoa permaneça em repouso, beba bastante água e opte por uma alimentação mais leve.
“Dependendo dos sintomas, pode-se tomar um remédio para enjoo ou dor, mas é importante evitar o uso de anti-inflamatórios, porque esse tipo de medicamento pode irritar a mucosa do estômago e piorar os sintomas que já existem”, conclui a médica.
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