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Carnaval e álcool: veja os efeitos de misturar bebidas e remédios

Em alguns casos, a bebida pode provocar insuficiência respiratória, taquicardia, intoxicação, náusea e vômito

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1 de 1 carnaval - Foto: Pollyana Ventura/Getty Images

Você sabia que o consumo concomitante de álcool e alguns medicamentos pode causar sérios riscos à saúde? Em alguns casos, a bebida pode desencadear insuficiência respiratória, taquicardia, intoxicação, náusea e vômito.

Tomar uma cerveja ou caipirinha enquanto fizer uso de antialérgicos, por exemplo, pode provocar sérios danos cognitivos, como perda da capacidade de julgamento, confusão mental e comprometimento na coordenação motora. O Ministério da Saúde aponta que 34,2% dos homens de 25 a 34 anos e 18% das mulheres de 18 a 24 anos fazem uso abusivo de álcool no Brasil. No Carnaval, a prática tende a aumentar e pode ser muito perigosa se associada ao uso de medicamentos.

O Conselho Regional de Farmácia do Estado de São Paulo (CRF-SP) fez uma lista sobre os riscos à saúde da combinação entre álcool e medicamentos.

Calmantes: A ação do álcool com os medicamentos que agem no sistema nervoso central (SNC) como os barbitúricos e benzodiazepínicos pode acarretar o aumento do efeito sedativo, possibilidade de coma e insuficiência respiratória.

Antibióticos: Dependendo do antibiótico, essa combinação pode levar a efeitos como taquicardia, rubor, sensação de formigamento, náusea e vômito. Há a recomendação, inclusive, de que se deve aguardar por três dias após tratamento com metronidazol para voltar a beber álcool. Outros antibióticos que podem potencializar o efeito de hepatotoxicidade quando se ingere álcool são a eritromicina, rifampicina, nitrofurantoína.

Anticonvulsivantes: Mais efeitos colaterais e risco de intoxicação. Também há risco de diminuição na eficácia contra as crises de epilepsia.

Anti-inflamatórios não esteroidais: Associar a bebida com mendicamentos como ácido acetilsalicílico, ibuprofeno e diclofenacos aumenta o risco de úlcera gástrica e sangramentos. Recomenda-se atenção máxima quando se constatar fezes escurecidas (sangrentas), tosse com sangue ou vômito que aparente borra de café. Deve-se procurar o serviço médico, pois esses sintomas podem indicar hemorragia no estômago.

Anti-hipertensivo: Com substâncias como o atenolol, pode ter efeitos aditivos ao diminuir a pressão arterial. O indivíduo pode sentir dor de cabeça, tonturas, vertigens, desmaios e/ou alterações no pulso ou frequência cardíaca. Esses efeitos secundários são mais susceptíveis de serem vistos no início do tratamento, após um aumento da dose, ou quando o tratamento é reiniciado depois de uma interrupção.

Antialérgicos: Aumenta o efeito sedativo e pode causar tonturas e desequilíbrio. Anti-histamínicos e álcool podem gerar efeitos indesejáveis como, por exemplo, tonturas, sonolência e dificuldade de concentração. Algumas pessoas também podem sofrer confusão e prejuízo na capacidade de julgamento, bem como comprometimento na coordenação motora. Portanto, deve-se evitar ou limitar o uso de álcool durante tratamento com antialérgicos.

Antidiabéticos: A mistura também pode causar efeito como taquicardia, rubor, sensação de formigamento, náusea e vômito. Uso agudo de etanol prolonga os efeitos enquanto que o uso crônico inibe os antidiabéticos.

Paracetamol: Pode causar sérios efeitos colaterais que afetam o fígado. Deve-se procurar o serviço médico imediatamente se sentir febre, calafrios, dor nas articulações ou inchaço, cansaço excessivo ou fraqueza, sangramento anormal ou hematomas, erupção cutânea ou prurido, perda de apetite, náuseas, vômitos ou amarelecimento da pele ou da parte branca dos olhos.

Cafeína: A cafeína também é um diurético e o seu abuso em conjunto com o álcool pode levar a desidratação e piorar os sintomas da ressaca no dia seguinte.

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