Carboidrato à noite engorda? Nutricionista cita mitos da alimentação
Nutricionista explica que, além do que e quando comer, quem busca perder peso deve levar em conta metabolismo e prática de atividade física
atualizado
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Diversos estudos já comprovaram: emagrecer e perder peso estão entre os principais objetivos da população mundial. Só no Brasil, segundo pesquisa realizada este ano pela WW (antiga Vigilantes do Peso), em parceria com o Instituto Kantar, 65% dos cidadãos têm interesse em melhorar a saúde física e 40% querem perder peso até o fim de 2022.
Para isso, muitos se agarram em mitos populares. Como, por exemplo, que dietas pobres em carboidratos e cortar os produtos derivados do leite ajudam a diminuir os números da balança. Porém, esse tipo de abordagem acaba não tendo os resultados esperados.
Para desvendar alguns dos principais mitos relacionados à alimentação saudável e mostrar maneiras corretas de perder peso, listamos 5 mitos sobre dietas de emagrecimento. Confira:
Mito: carboidrato é o vilão da noite
O mais conhecido mito é que é proibido comer pão ou qualquer outro tipo de carboidrato à noite. Massas, como pão e macarrão, só fazem mal a quem tem intolerância ao glúten ou diabetes (pois carboidratos se transformam rapidamente em glicose e vão para o sangue). Se a pessoa comer de forma controlada, além de ter hábitos saudáveis durante o dia, como praticar exercícios físicos, pode comer sem culpa.
“Para emagrecer, é preciso estar em déficit calórico, ingerir menos calorias do que se gasta no dia. É possível fazer isso comendo, por exemplo, arroz, feijão, frutas e cereais à noite”, completa a nutricionista clínica e esportiva Fulvia Zorzi, do app de saúde integrada Personal Virtual.
A quantidade calórica é a mesma em alimentos integrais e refinados. Porém, os integrais, além de oferecem mais nutrientes ao organismo, dão mais saciedade e também ajudam no sono. Por isso, são mais indicados.
Mito: não pode chocolate após o almoço
Se você é uma daquelas pessoas que adora comer um chocolate depois do almoço, saiba que não precisará cortar o hábito para emagrecer. O chocolate, embora apresente alto teor calórico, é um estimulante para o corpo, auxiliando o fluxo sanguíneo, a redução do estresse e, consequentemente, a melhora do humor.
“É claro que chocolates amargos são mais saudáveis, pois têm uma concentração menor de açúcar, mas nem todo mundo gosta. Como é algo que é parte da rotina e ajuda no bem-estar, a gente consegue prescrever uma pequena quantidade diária de chocolate comum, sem prejuízos a dieta”, afirma a especialista.
Mito: lactose na dieta faz mal
O açúcar do leite, conhecido como lactose, é visto como vilão dos que fazem dieta por conta própria porque seria uma substância inflamatória. A verdade é ela só faz realmente mal a quem tem algum tipo de alergia ou intolerância. Leite e alimentos derivados, como queijo e iogurtes, são ricos em proteína, uma grande aliada do ganho de massa muscular e da perda de peso.
Mito: suplementos alimentares são indispensáveis
Suplementos como vitaminas, whey protein, cafeína, spirulina e termogênico não são obrigatórios em dietas. Eles são indicados apenas para complementar as necessidades nutricionais de indivíduos que não conseguem chegar às quantidades necessárias apenas com a alimentação.
Indivíduos capazes de absorver bem proteínas no consumo de ovo, leite e e carnes – como frango e peixe – não precisam de suplementação.
Mito: dietas mirabolantes funcionam
Dietas milagrosas, exclusivas ou que sugerem alimentos caros e até mesmo difíceis de se encontrar no Brasil, na maioria das vezes, não funcionam. Sem contar que podem ajudar a desenvolver problemas de saúde por serem pobres em nutrientes.
Um regime rico em alimentos simples como arroz, feijão, carne, frango, ovos, frutas, legumes e verduras, é suficiente para quem quer perder peso, se distribuído de forma balanceada ao longo do dia. Por isso, para alcançar resultados reais e saudáveis, é importante buscar um nutricionista, pois ele é quem definirá uma melhor estratégia conforme a idade, hábitos e histórico de saúde.
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