Cão de paciente testa positivo para “baixo nível” de coronavírus
As autoridades devem realizar mais testes para confirmar se o vírus está presente no cachorro ou se é resultado de contaminação ambiental
atualizado
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O cachorrinho de estimação de um paciente que está contaminado com o novo coronavírus, o Covid-19, está com um “nível baixo” do vírus, segundo confirmação do governo de Hong Kong nesta sexta-feira (28/2). As informações são da revista Time.
De acordo com comunicado de um porta-voz do Departamento de Agricultura, Pesca e Conservação do território semiautônomo da China, o cão testou “positivo fraco”, mas não dá mais detalhes.
No entanto, as autoridades devem realizar mais testes para confirmar se o vírus está presente no cachorro ou se é resultado de contaminação ambiental, do nariz e boca do animal.
Caso o teste dê positivo, este será o primeiro caso de um animal de estimação pegando o coronavírus em uma epidemia global que infectou mais de 82 mil pessoas e matou mais de 2,8 mil vidas.
Ainda de acordo com Hong Kong, o anima está em quarentena em uma instalação de animais. O departamento recomendou fortemente que animais de estimação de pacientes com vírus confirmados também sejam colocados em quarentena.
Origem da doença é desconhecida
Ainda não se sabe muito sobre o vírus que está se espalhando pelo mundo depois de surgir no centro da China no final do ano passado.
As primeiras conclusões científicas é de que ele tenha sido transferido para seres humanos a partir de morcegos e tenha se espalhado de várias maneiras. O departamento agrícola de Hong Kong, no entanto, disse que não tem evidências de que animais de estimação possam ser infectados ou ser uma fonte de infecção para pessoas.
Pangolim hospedeiro
Um estudo recente mostrou que os pangolins podem ser o elo que possivelmente permitiu que o novo coronavírus 2019-nCoV se espalhasse de morcegos para os seres humanos. Os mamíferos são traficados ilegalmente na Ásia e África e muito comuns nos mercados de rua da China.
Segundo pesquisadores da Universidade Agrícola do Sul da China (SCAU, na sigla em inglês) em Guangzhou, província de Guangdong, os vírus encontrados nos mamíferos são 99% idênticos aos de pacientes com coronavírus.