Mulher que sentia sede e cansaço constantes descobre câncer no cérebro
Inglesa de 33 anos descobriu que sintomas estavam relacionados ao câncer apenas após ter uma convulsão de oito minutos
atualizado
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O ano de 2022 marcou profundamente a vida da inglesa Jessica Zentilin-Dorey, de 33 anos. Em apenas três meses, ela conseguiu a posição profissional que almejava, casou com a namorada e descobriu que tinha um câncer de cérebro terminal.
Jess, que é integrante da marinha inglesa, vinha sentindo muita sede e fadiga, mas atribuía os sintomas às mudanças pelas quais vinha passando. Ela estava focada em um curso de tiro para obter uma promoção profissional.
A saúde só chamou a atenção quando a jovem teve uma convulsão após uma série de exercícios físicos. No hospital, os médicos disseram que ela tinha um astrocitoma de grau 4, um tipo grave de tumor no cérebro.
“O médico disse que não era nada fácil falar sobre aquilo, e é verdade. Foi uma mudança que alterou minha vida para sempre”, afirmou em material informativo do Brain Tumor Research.
Astrocinoma: o câncer de Jessica
Os astrocitomas são tumores do sistema nervoso central que se desenvolvem nos astrócitos, células que ajudam o funcionamento de neurônios. A ciência ainda não sabe as causas para explicar o surgimento desse tipo de tumor.
O de Jess tinha grau quatro, o mais elevado, cuja chance de sobrevivência por mais de três anos é de apenas 20%.
“Eu sabia que o câncer poderia transformar minha vida em uma contagem regressiva, mas quis lutar. Mudei tudo o que estava sob o meu controle, cortei o álcool, as comidas industrializadas, queria ganhar mais tempo”, conta ela.
Menos de três semanas após descobrir o tumor, ela passou por uma cirurgia que removeu 99% de sua massa. Ela teve de fazer sessões de radioterapia e quimioterapia, além de tomar remédios para controlar as convulsões.
Vida nova após o tratamento
Os mais de 12 meses de medicação funcionaram: agora não há sinais de tumores no organismo dela. Jess tem aproveitado para retomar sua rotina esportiva e tem organizado corridas para arrecadar fundos para o tratamento de outras pessoas com tumores cerebrais.
“Este tratamento me ensinou a viver minha vida ao máximo. O tempo é o que temos de mais precioso. Busco ser positiva e não sucumbir ao medo. Tenho dias ruins, mas não quero que eles tomem conta de mim. Quero controlar este tempo para poder usá-lo sorrindo”, conclui a marinheira.
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