Cannabis medicinal pode combater esclerose múltipla? Médicos explicam
Guta Stresser foi diagnosticada recentemente com a doença. Especialistas explicam relação da cannabis medicinal com tratamento da esclerose
atualizado
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Guta Stresser, atriz que deu vida à Bebel de A Grande Família, divulgou recentemente que foi diagnosticada com esclerose múltipla. Segundo o G1, a artista encontrou no canabidiol (CBD), substância presente na cannabis, uma alternativa para reduzir o impacto da doença e melhorar a qualidade de vida.
O neurologista e neurocirurgião Wanderley de Cerqueira Lima, do Hospital Albert Einstein, em São Paulo, explica que a esclerose múltipla é uma doença inflamatória crônica, provavelmente de causa autoimune, na qual o próprio organismo agride a bainha de mielina, uma camada de gordura que envolve os neurônios. Com o desenvolvimento da doença, o sistema nervoso pode ficar cada vez mais comprometido.
O tratamento com CBD
De acordo com o médico especialista em neurologia e neuroimunologia Sérgio Semeraro Jordy, da Rede D’Or, o CBD é eficiente no tratamento da esclerose por conta de duas vias principais: a CB1 e a CB2, que são endógenas (próprias do nosso corpo) e têm ação anti-inflamatória e moduladora.
Lima revela que, embora nenhum dos tratamentos para esclerose múltipla possam levar à cura, os sintomas da doença são consideravelmente amenizados com uso da cannabis. “O canabidiol (CBD) melhora a qualidade de vida para os pacientes acometidos com esclerose múltipla e outras patologias neurológicas”, acrescenta. O médico conta que a substância é capaz de desacelerar o processo da doença e atuar como anti-inflamatório.
Jordy indica que, além da esclerose, é possível tratar várias outras doenças neurológicas, como epilepsia, Parkinson, Alzheimer, autismo e dor crônica, com a substância.
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