1 de 1 Sexo pós câncer de mama
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Uma equipe de pesquisadores do Reino Unido e dos Estados Unidos descobriu um medicamento revolucionário que pode reduzir drasticamente o risco de mulheres com o “gene Angelina Jolie” morrerem de câncer de mama.
A atriz Angelina Jolie chamou a atenção para os genes BRCA1 e BRCA2 em 2013, quando revelou que havia escolhido fazer uma mastectomia dupla e ter os ovários e trompas de Falópio removidos aos 37 anos.
A estrela perdeu a mãe para o câncer e descobriu que tinha grandes chances de desenvolver a doença por conta de sua carga genética. Cerca de 5% por cento dos tumores de mama estão ligados ao par de genes defeituosos.
Os cientistas estudaram quase 2 mil mulheres com câncer em estágio inicial, todas com as mutações BRCA1 e BRCA2. Metade recebeu comprimidos do remédio olaparibe para tomar duas vezes ao dia durante um ano, enquanto as outras receberam placebo.
Os resultados mostraram, quatro anos depois, que as taxas de mortalidade foram 32% menores entre as pacientes que receberam o fármaco.
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Segundo o Instituto Nacional de Câncer, para cada ano do triénio 2020/2022 serão registrados cerca de 625 mil casos da doença no Brasil
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Extremamente comum no país, o câncer de pele é caracterizado pelo aparecimento de tumores na pele em formato de manchas ou pintas com formatos irregulares. Relacionada à exposição prolongada ao sol, exposição a câmeras de bronzeamento artificial ou por questões hereditárias, a doença pode ser tratada através de cirurgias, radioterapia e quimioterapia
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O câncer de mama é causado pela multiplicação descontrolada de células na mama. Apesar de ser comum em mulheres, a enfermidade também pode acometer homens. Entre os sintomas da doença estão: dor na região da mama, nódulo endurecido, vermelhidão, inchaço e secreção sanguinolenta. O tratamento envolve cirurgia para retirada da mama, quimio, radioterapia e hormonioterapia
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Mais frequente em homens, o câncer de próstata apresenta os seguintes sintomas: sangue na urina, dificuldade em urinar, necessidade de urinar várias vezes ao dia e a demora em começar e terminar de urinar. Cirurgia e radioterapia estão entre os tratamentos da doença
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Embora possa estar relacionado com hipertireoidismo, tabagismo, alterações dos hormônios sexuais e diabetes, por exemplo, o câncer de tireoide ainda não é bem compreendido por especialistas. Apesar disso, tratamentos contra a doença envolvem terapia hormonal, radioterapia, iodo radioativo e quimioterapia, dependendo do caso
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O câncer de pulmão é um dos tipos com maior incidência no Brasil. Relacionado ao uso ou exposição prolongada ao tabagismo, tem como principais sintomas a falta de ar, dores no peito, pneumonia recorrente, bronquite, escarro com sangue e tosse frequente. A doença é tratada com quimioterapia, radioterapia ou/e cirurgia
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No Brasil, o carcinoma epidermoide escamoso tem a maior incidência entre os canceres de estômago. Os tratamentos envolvem cirurgia ou radioterapia e quimioterapia
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O câncer de estômago é diagnosticado após a identificação de tumores malignos espalhados pelo órgão e que podem aparecer como úlceras. Relacionado à infecções causadas por Helicobacter Pylori, pela presença de úlceras e de gastrite crônica não cuidada, por exemplo, a doença pode causar vômito com sangue ou sangue nas fezes, dor na barriga frequente e azia constante
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O câncer de colo de útero tem como sintomas sangramento vaginal intermitente, dor abdominal relacionada a queixas intestinais ou urinárias e secreção vaginal anormal. O tratamento envolve quimio, radioterapia e cirurgia
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O câncer de boca é uma doença que envolve a presença de tumores malignos nos lábios, gengiva, céu da boca, língua, bochechas e ossos. É mais comum em homens com mais de 40 anos e tem como sintomas feridas na cavidade oral, manchas na língua e nódulos no pescoço, por exemplo. O tratamento envolve cirurgia, quimio e radioterapia
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Segundo os estudos, o medicamento foi capaz de reduzir a chance de propagação do câncer e o risco de morte em um terço da mulheres.
O professor Andrew Tutt, presidente do comitê diretor do estudo, disse que os resultados mostram que o olaparibe pode “manter mais mulheres com câncer de mama hereditário livres de doenças e bem após o tratamento inicial”.
Os resultados mostram que o medicamento pode atingir o ponto fraco dos tumores provocados pelas mutações BRCA e garantir maior tempo de vida às pacientes.
Medicamento já foi aprovado nos EUA
Os EUA aprovaram na semana passada o olaparibe, fabricado pela AstraZeneca e Merck, para pacientes com câncer de mama que têm um dos gene BRCA alterados.
“Esperamos que olaparibe agora seja licenciado na Europa e aprovado no Reino Unido para pacientes do NHS sem demora”, comentou Tutt, durante um congresso no qual os resultados foram apresentados à imprensa na quarta-feira (16/3).
Em janeiro, o Reino Unido rejeitou o uso da droga no Serviço Nacional de Saúde para tratar o câncer de próstata depois de avaliar que não era uma boa relação custo-benefício.
Um teste do medicamento descobriu que os homens tratados com olaparibe viveram 7,4 meses antes do câncer progredir, em comparação com 3,6 meses quando receberam os tratamentos hormonais padrão.