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Câncer no couro cabeludo: saiba como prevenir e quando se preocupar

Especialistas explicam diagnóstico e tratamento do câncer no couro cabeludo. Também alertam para sinais que precisam ser observados

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Imagem colorida de uma pessoa verificando o couro cabeludo de outra - Metrópoles
1 de 1 Imagem colorida de uma pessoa verificando o couro cabeludo de outra - Metrópoles - Foto: Getty Images

A exposição solar é um fator de risco para o surgimento do câncer de pele. Qualquer área do corpo está sujeita ao aparecimento de tumores, inclusive o couro cabeludo. No verão, a necessidade de proteger a cabeça é ainda maior por conta da alta incidência de raios UVA e UVB.

De acordo com o presidente da Sociedade Brasileira de Tricologia (SBTri), Luciano Barsanti, existem três tipos de câncer que podem aparecer no couro cabeludo: melanona, carcinoma baso celular e carcinoma espinocelular. Apesar de mais sério, o melanoma é menos comum do que os carcinomas.

“Todos têm causas e diagnósticos idênticos, mas os prognósticos são bem diferentes”, explica o médico. “O melanona é o mais invasivo e, se não tratado, pode causar metástase em outros órgãos“, completa Barsanti.

Verificação de sintomas e diagnóstico

As pessoas devem buscar um dermatologista caso encontrem os seguintes sinais suspeitos no couro cabeludo:

  • Feridas e machucados que não cicatrizam;
  • Alterações em pintas preexistentes, como mudanças no tamanho, forma ou cor;
  • Verrugas e espinhas que não desaparecem.

A recomendação dos especialistas é que se conte com a ajuda de alguém próximo para realizar uma verificação do couro cabeludo ao menos uma vez por mês. “Basta alguns minutos, de preferência sob a luz natural, para verificar alguma mudança na região”, sugere a dermatologista Patrícia Mafra, integrante da Sociedade Brasileira de Dermatologia.

No consultório, o médico examina o couro cabeludo com o scanner tricoscópico, equipamento que aumenta a imagem da superfície do couro cabeludo em até 10 mil vezes. A confirmação e o estágio de gravidade do tumor são mostrados por biópsia.

Causas e prevenção

O câncer de pele está associado a uma predisposição genética – sendo mais comum em pessoas de pele clara. No entanto, o principal fator externo para o surgimento do tumor é a exposição solar.

Neste sentido, Barsanti destaca o valor da prevenção. “A melhor medida contra os cânceres de couro cabeludo é a utilização de chapéus ou bonés confeccionados com tecido de proteção 100% UV” afirma. A recomendação é ainda mais rigorosa para pessoas que perderam os cabelos, já enfrentaram um câncer ou têm histórico na família.

O médico esclarece que a utilização de filtro solar no couro cabeludo não é recomendada, ainda que a pessoa seja careca.

Tratamento

O tratamento mais comum para o câncer no couro cabeludo envolve a retirada completa da lesão por meio de cirurgia. Em casos onde o procedimento cirúrgico não é possível, o tumor pode ser tratado com radioterapia. Também há opções com quimioterapia, terapia fotodinâmica, crioterapia e cauterização.

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