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Mulher que teve câncer no cérebro 2 vezes alerta para sintoma ignorado

Gilmara Bertini ficou 13 anos sem sinais do tumor, mas ele voltou a aparecer em 2021. Ela alerta que o principal sintoma foi formigamento

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Acervo pessoal/Gilmara Bertini
Montagem de fotos mostra Gilmara Bertini durante o tratamento do seu câncer no cérebro da segunda vez que ele se manifestou
1 de 1 Montagem de fotos mostra Gilmara Bertini durante o tratamento do seu câncer no cérebro da segunda vez que ele se manifestou - Foto: Acervo pessoal/Gilmara Bertini

A empreendedora Gilmara Bertini, de 44 anos, teve câncer no cérebro duas vezes. Os dois tumores eram semelhantes, e apareceram no lado direito do órgão, mas com uma diferença: 13 anos. O primeiro sinal de que ela estava doente, porém, foi uma sensação muito conhecida por todos: um formigamento.

“Eu tinha 29 anos e estava me sentindo bem. Mas passei três dias sentindo um formigamento constante na parte esquerda do corpo que começou a me incomodar. Nunca imaginei que fosse um sintoma de câncer, só percebia quando estava relaxada”, lembra.

Os neurologistas apontam que o formigamento ou dormência é um sintoma comum de pessoas que têm um tumor cerebral. A perda de equilíbrio, dificuldade de audição e alterações nos sentidos de forma geral também são indícios de câncer neurológico.

De acordo com o neurocirurgião Iuri Neville, da Beneficência Portuguesa de São Paulo, os principais sintomas não estão associados ao tipo de tumor e, sim, à área do cérebro onde a lesão se desenvolve e à agressividade do seu comportamento biológico.

“Esses são os principais fatores que determinam quais funções nervosas podem ser afetadas e, portanto, as reações neurológicas que podem surgir”, enfatiza o especialista.

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Durante o tratamento, ela teve problemas em controlar a musculatura da face
Ela optou por fazer apenas o tratamento quimioterápico e não ficou com sequelas do tumor
Gilmara teve de fazer biópsias para avaliar a gravidade do retorno do tumor
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Desde novembro de 2022, porém, ela está em remissão

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Durante o tratamento, ela teve problemas em controlar a musculatura da face

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Ela optou por fazer apenas o tratamento quimioterápico e não ficou com sequelas do tumor

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Gilmara teve de fazer biópsias para avaliar a gravidade do retorno do tumor

Acervo pessoal/Gilmara Bertini

A primeira vez

Gilmara não tinha histórico de câncer na família e foi pega de surpresa pelo primeiro diagnóstico. “O médico pediu uma tomografia e eu só pude fazer no dia seguinte. O resultado apontou um tumor, e já fiquei no hospital internada. Quatro dias depois, fui encaminhada para a cirurgia”, lembra.

A empreendedora tinha um oligoastrocitoma de grau 2. Além da cirurgia, ela precisou fazer quimioterapia e radioterapia. Tumores deste tipo têm uma tendência a reincidir, ou seja, reaparecer após um tempo. “Os médicos me falaram que se passassem 10 anos e ele não voltasse, dificilmente eu voltaria a ter câncer. Acreditei, mas o meu reapareceu 13 anos depois”, conta Gilmara.

O segundo câncer no cérebro

“Eu já tinha relaxado. Achei que estava em paz, mas segui fazendo os exames de acompanhamento. Um dia, eu estava na cozinha de casa cozinhando e tive uma convulsão. Quando recuperei a consciência, estava nos braços do meu marido e disse para ele marcar um neuro — eu sabia que o câncer tinha voltado”, afirma.

A primeira experiência com o câncer de cérebro foi muito traumática para Gilmara, mas ela decidiu que a segunda vez seria diferente. “Não tive desespero. Fui brincando, cheguei no hospital e pedi para o médico aproveitar que ia abrir a minha cabeça e colocar um chip para me ensinar a falar inglês. Queria fazer aquilo de forma leve, não tive medo”, conta a empreendedora.

Ela não quis fazer a radioterapia, mas passou por um ano de quimioterapia. O tratamento acabou no final de 2022. “Hoje, graças a Deus, posso dizer que estou bem”, celebra ela.

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Por isso, é importante estar atento aos sinais que o corpo dá. Apesar de alguns tumores não apresentarem sintomas, o câncer, muitas vezes, causa mudanças no organismo. Conheça alguns sinais que podem surgir na presença da doença
A perda de peso sem nenhum motivo aparente pode ser um dos principais sintomas de diversos tipos de cânceres, tais como: no estômago, pulmão, pâncreas, etc.
Mudanças persistentes na textura da pele, sem motivo aparente, também pode ser um alerta, especialmente se forem inchaços e caroços no seio, pescoço, virilha, testículos, axila e estômago
A tosse persistente, apesar de ser um sintoma comum de diversas doenças, deve ser investigada caso continue por mais de quatro semanas. Se for acompanhada de falta de ar e de sangue, por exemplo, pode ser um indicativo da doença no pulmão
Outro sinal característico da existência de um câncer é a modificação do aspecto de pintas. Mudanças no tamanho, cor e formato também devem ser investigadas, especialmente se descamarem, sangrarem ou apresentarem líquido retido
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Segundo o Instituto Nacional de Câncer (Inca), o câncer é um dos principais problemas de saúde pública no mundo e é uma das quatro principais causas de morte antes dos 70 anos em diversos países. Por ser um problema cada vez mais comum, o quanto antes for identificado, maiores serão as chances de recuperação

boonchai wedmakawand
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Por isso, é importante estar atento aos sinais que o corpo dá. Apesar de alguns tumores não apresentarem sintomas, o câncer, muitas vezes, causa mudanças no organismo. Conheça alguns sinais que podem surgir na presença da doença

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A perda de peso sem nenhum motivo aparente pode ser um dos principais sintomas de diversos tipos de cânceres, tais como: no estômago, pulmão, pâncreas, etc.

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Mudanças persistentes na textura da pele, sem motivo aparente, também pode ser um alerta, especialmente se forem inchaços e caroços no seio, pescoço, virilha, testículos, axila e estômago

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A tosse persistente, apesar de ser um sintoma comum de diversas doenças, deve ser investigada caso continue por mais de quatro semanas. Se for acompanhada de falta de ar e de sangue, por exemplo, pode ser um indicativo da doença no pulmão

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Outro sinal característico da existência de um câncer é a modificação do aspecto de pintas. Mudanças no tamanho, cor e formato também devem ser investigadas, especialmente se descamarem, sangrarem ou apresentarem líquido retido

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A presença de sangue nas fezes ou na urina pode ser sinal de câncer nos rins, bexiga ou intestino. Além disso, dor e dificuldades na hora de urinar também devem ser investigados

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Dores sem motivo aparente e que durem mais de quatro semanas, de forma frequente ou intermitente, podem ser um sinal da existência de câncer. Isso porque alguns tumores podem pressionar ossos, nervos e outros órgãos, causando incômodos

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Azia forte, recorrente, que apresente dor e que, aparentemente, não passa, pode indicar vários tipos de doenças, como câncer de garganta ou estômago. Além disso, a dificuldade e a dor ao engolir também devem ser investigadas, pois podem ser sinal da doença no esôfago

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