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Câncer gástrico: como se manifesta a doença que atinge Bruno Covas

Prefeito de São Paulo decidiu se afastar do cargo por 30 dias para se dedicar ao tratamento de um câncer no estômago que apresenta metástase

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Fábio Vieira/Especial Metrópoles
Bruno Covas (PSDB), candidato à reeleição durante visita e eleitores em são paulo eleicoes 2020 SP
1 de 1 Bruno Covas (PSDB), candidato à reeleição durante visita e eleitores em são paulo eleicoes 2020 SP - Foto: Fábio Vieira/Especial Metrópoles

O prefeito de São Paulo, Bruno Covas (PSDB), decidiu se afastar do cargo por 30 dias para se dedicar ao seu tratamento contra o câncer. O político vem lidando com um câncer gástrico, também conhecido como câncer de estômago, desde outubro de 2019, quando descobriu um tumor na parte superior do órgão, que já apresentava metástase no fígado.

Desde então, Covas se submeteu a procedimentos cirúrgicos para retirada de tumores, quimioterapia e imunoterapia. Neste período, também concorreu à reeleição e foi vitorioso.

Em fevereiro deste ano, os médicos encontraram novos tumores no fígado do prefeito e pequenas lesões ósseas na coluna e na bacia. O tratamento dele vem sendo conduzido no Hospital Sírio-Libanês e, neste momento, é comandado pelo oncologista Tulio Flesch Pfiffer.

Sintomas
Os sintomas mais comuns de um câncer deste tipo são queimação, refluxo, indigestão, dor na porção superior do abdômen e perda de peso acentuada e sem explicação.

No caso de Bruno Covas, entretanto, o diagnóstico surgiu a partir de uma erisipela – inflamações que apareceram nas pernas e provocam coceira.

Os tumores gástricos não são comuns na faixa etária do político paulista. Os mais atingidos pela doença são homens por volta dos 60 e 70 anos, sendo que 65% dos pacientes têm mais de 50 anos.

De acordo com o Instituto Nacional de Câncer, os principais fatores que aumentam as chances de desenvolver um câncer deste tipo são:

  • Excesso de peso e obesidade;
  • Consumo de álcool;
  • Consumo excessivo de sal, alimentos salgados ou conservados no sal;
  • Tabagismo;
  • Ingestão de água proveniente de poços com alta concentração de nitrato;
  • Doenças pré-existentes, como anemia perniciosa, lesões pré-cancerosas (como gastrite atrófica e metaplasia intestinal) e infecções pela bactéria Helicobacter pylori (H. pylori);
  • Combinação de tabagismo com bebidas alcoólicas ou com cirurgia anterior do estômago;
  • Exposição ocupacional à radiação ionizante, como raios X e gama, em indústrias ou em instituições médicas
  • Exposição de trabalhadores rurais a uma série de compostos químicos, em especial agrotóxicos
  • Exposição ocupacional, na produção da borracha, a vários compostos químicos, muitos classificados como reconhecidamente cancerígenos, como benzeno, óleos minerais, produtos de alcatrão de hulha, compostos de zinco e uma série de pigmentos
  • Ter parentes de primeiro grau com câncer de estômago.

Prevenção
A detecção precoce do câncer é uma estratégia para encontrar um tumor em fase inicial e, assim, possibilitar maior chance de tratamento.

A detecção pode ser feita por meio da investigação com exames clínicos, laboratoriais ou radiológicos em pessoas com sinais e sintomas sugestivos da doença (diagnóstico precoce), ou com exames periódicos em pessoas sem sinais ou sintomas (rastreamento), mas pertencentes a grupos com maior chance de ter a doença.

No caso do câncer de estômago, não há confirmação científica de que o rastreamento traga mais benefícios do que riscos e, portanto, até o momento, ele não é recomendado. Já o diagnóstico precoce deve ser buscado com a investigação de sinais e sintomas como: massa na parte superior do abdômen; dor na parte superior do abdômen; perda de peso e de apetite; refluxo e indigestão.

Na maior parte das vezes, esses sintomas não são causados por câncer, mas é importante que eles sejam investigados por um médico, principalmente se não melhorarem em alguns dias.

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